quinta-feira, 25 de abril, 2024
30.1 C
Natal
quinta-feira, 25 de abril, 2024

Petrobras reduz cotas de gás

- Publicidade -

Rio (AE) – A expansão do consumo e a oferta restrita do gás natural obrigou a Petrobras a reduzir o fornecimento do insumo para algumas distribuidoras. No Rio, empresas do setor químico e de vidros tiveram de fechar as fábricas no início da manhã por causa da interrupção no suprimento. Até postos de Gás Natural Veicular (GNV) ficaram sem combustível para atender à frota de automóveis.

Em nota divulgada no início da noite, a Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG e CEG Rio), afirmou que a Petrobras reduziu em 1,3 milhão de metros cúbicos (m³) o suprimento de gás, ontem, o que representa queda de 17% no volume entregue pela estatal. Para evitar riscos ao consumo comercial e residencial, 89 postos de GNV tiveram o fornecimento interrompido até às 18h45.

Grandes fábricas, como Bayer e Prosint, encerram expediente no início da manhã. Em São Paulo, ainda não houve paralisação, mas a Comgás confirmou que a estatal solicitou redução entre 600 e 800 mil m³/dia de gás natural. Em contrapartida, a Petrobras fornecerá óleo combustível para atender aos consumidores que serão afetados. Ela ficaria responsável por todos os custos dessa operação, destaca o vice-presidente do mercado de grandes consumidores GNV e suprimento de gás da Comgás, Sérgio Luiz da Silva.

Segundo ele, a redução representa 5% do volume distribuído pela Comgás. Mas isso afetaria apenas sete clientes, já identificados e que poderiam substituir o combustível. “Cinco deles já concordaram em migrar e dois estão em negociação. Essa é a melhor forma de não criar desentendimentos”, destaca o executivo.

Em nota, a Petrobras disse que as empresas vinham realizando há mais de um ano retiradas do produto superiores ao volume total estabelecido no contrato. “A medida foi tomada para atender aos demais contratos da estatal e ao Termo de Compromisso assinado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em maio, para garantir geração elétrica das usinas movidas a gás.” Desde sábado, a Petrobras foi chamada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para pôr em funcionamento algumas térmicas de sua propriedade, entre elas Araucária e Termorio, ambas gerando cerca de 400 MW cada, destaca o sócio-diretor da Gásenergy, Marco Tavares.

Ele explica que, como o País está entrando no período seco, o custo da água sobe e o da energia também. O que permite a entrada em operação de usinas térmicas, mais caras. O ONS tem uma ordem de mérito para pedir o funcionamento das usinas, partindo sempre da energia mais barata, que é o da hidrelétrica. Com menos água nos reservatórios, as térmicas são acionadas por essa ordem de custo. O problema é que há gás suficiente para abastecer térmicas, indústrias, postos de combustíveis, comércio e residências ao mesmo tempo. “Isso já vinha sendo alertado”, diz Tavares.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas