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PF apreende recibos de offshore com coronel

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A Polícia Federal encontrou 17 recibos relacionados a uma offshore na
casa do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo do presidente
Michel Temer e alvo da Operação Patmos. Os investigadores vão agora
apurar a origem dos documentos.

Os recibos foram recolhidos na residência de Lima Filho, durante busca e
apreensão, em São Paulo. A operação foi realizada em maio deste ano – a
Patmos, que tornou Temer investigado por corrupção passiva, obstrução
de Justiça e organização criminosa, foi deflagrada no dia 18 de maio.

Lima Filho passou a ser investigado após a delação de Joesley Batista,
acionista do Grupo J&F, apontá-lo como responsável por receber parte
dos valores de propina supostamente destinada a Temer. Os recibos são
relacionados a offshore Langley Trade Co. S.A.

Na Receita Federal, a Langley está registrada como empresa domiciliada
em Montevidéu, capital do Uruguai. No banco de dados do Panamá Papers,
do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que teve
participação de jornalistas do Estado, o endereço está atrelado ao
escritório Zolkwer y Asociados.

Delação
No acordo de colaboração dos executivos da J&F, o contador
Florisvaldo Caetano de Oliveira, apontado pela JBS como responsável por
entregar dinheiro a políticos, relatou ao menos dois encontros com Lima
Filho. O primeiro, segundo Oliveira, teve como objetivo conhecer o
destinatário, chamado de “coronel” e combinar a forma de entrega dos
valores. No segundo encontro, o contador afirmou ter entregue R$ 1
milhão em espécie para Lima Filho.

Outro delator, o diretor de Relações Institucionais da J&F, Ricardo
Saud, entregou uma série de documentos à Procuradoria-Geral da República
mostrando que o endereço citado por Oliveira era o da empresa Argeplan
Arquitetura e Engenharia, cujo dono é o amigo de Temer. A Argeplan
integra um consórcio que ganhou concorrência em 2012 para executar
serviços na Usina de Angra 3. As obras são investigadas na Lava Jato.

A reportagem procurou Lima Filho na Argeplan por telefone, mas foi
informado de que a empresa não operou e não haveria ninguém para
responder. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteudo

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