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PF apura lavagem de dinheiro

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Dentro de três ou  quatro meses a Polícia Federal do Rio Grande do Norte deve concluir as investigações sobre crimes contra a ordem tributária, apropriação indébita de recursos financeiros da previdência social, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, praticados por um grupo familiar, que controla em torno de seis empresas no Estado. O delegado de Combate ao Crime Organizado da PF, Rubens França, confirmou que a deflagração da Operação Sukkar (açúcar em árabe, em alusão à atividade empresarial dos investigados), partiu de uma denúncia da Receita Federal no RN a respeito de sonegação fiscal.

Rubens França disse que só ao fim das investigações, é que se vai fechar o volume de dinheiro movimentado ilegalmente, mas ele adiantou que, em princípio, apurou-se que o grupo familiar subfaturava os valores de venda de produtos exportados, recebendo uma parte dos recursos no país, enquanto o restante era recebido no exterior.

“Esse é o motivo pelo qual fizemos as buscas para tentar identificar a forma de recebimento desse dinheiro no exterior e de repatriação para o Brasil”, disse o delegado da PF. Segundo França, a partir da apuração do crime de sonegação fiscal, o aprofundamento das investigações resultou na identificação de outros crimes.

Segundo o delegado, também se investiga a compra e venda de imóveis em nome de terceiros, com dinheiro “que não  tem muita origem e não vem das empresas, é dinheiro que está sendo lavado”.

As investigações sobre o grupo de empresas tem mais de um  ano, mas, Rubens França explicou que não houve prisão de nenhum dos investigados “porque não havia elementos” para pedir a prisão temporária de nenhum dos investigados. O delegado também afirmou que não houve pedido de prisões “porque não é o caso de prejudicar as investigações”, a menos que apareça algo relevante, no decorrer da apuração. Ele disse, ainda, que estão sendo identificados os bens em nomes dos investigados ou de terceiros, os chamados “laranjas”, para um eventual pedido de bloqueio e sequestro de bens.

França disse que não existe, ainda, uma convicção onde estão as contas dos investigados no Exterior, mas possivelmente, o dinheiro está depositado em contas bancárias da Europa, que é para onde onde mais ocorrem as exportações das empresas investigadas.

A PF deflagrou a Operaçção Sukkar na manhã de ontem, na Região Metropolitana de Natal. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão contra sócios e administradores de uma indústria de alimentos. Ao todo, atuaram na operação 20 policiais federais, além de auditores da Receita Federal, que apoiam o trabalho investigativo.

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