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PF pega R$ 100 mil em dinheiro vivo com alvo de fraudes no Rodoanel de SP

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A Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 100 mil em espécie e US$ 5 mil na
casa de um dos alvos da Operação Pedra no Caminho, que mira desvios em
obras do Rodoanel Trecho Norte, de São Paulo. O nome do investigado que
guardava os valores não foi revelado pela corporação. A ação prendeu o
ex-secretário de Logística e Transportes no governo Alckmin, Laurence
Casagrande Lourenço, nesta quinta, 21.

Segundo o Ministério Público Federal, a Pedra no Caminho mira crimes
praticados por agentes públicos e empresários durante as obras do
Rodoanel Viário Mário Covas – Trecho Norte e envolvem a suposta prática
de corrupção, organização criminosa, fraude à licitação, crime contra a
ordem econômica e desvio de verbas públicas. As obras contaram com
recursos da União, do Governo do Estado de São Paulo e do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e foram fiscalizadas pela Dersa.

São alvos dos mandados ex-diretores da Dersa, executivos das
Construtoras OAS e Mendes Junior, de empresas envolvidas na obra e
gestores dos contratos com irregularidades.

Segundo o MPF, “as obras são divididas em seis lotes, tiveram início em
2013 e ainda estão em andamento. Apurações do TCU – Tribunal de Contas
da União e CGU – Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da
União identificaram diversas irregularidades e superfaturamento de
centenas de milhões de reais, por meio da celebração de aditivos
contratuais desnecessários, visando a apropriação indevida de recursos
públicos em prejuízo da União, do Estado de São Paulo e do BID”.

Defesas

“A Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A e o Governo de São Paulo são
os maiores interessados acerca do andamento do processo. Havendo
qualquer eventual prejuízo ao erário público, o Estado adotará as
medidas cabíveis, como já agiu em outras ocasiões”, disse a empresa por
meio de nota.

A OAS também se manifestou: “Agentes da Polícia Federal estiveram nesta
manhã na sede da OAS em São Paulo, numa operação de busca e apreensão
de documentos relativos a obras do Rodoanel paulista, das quais é
responsável pelos Lotes 2 e 3 do trecho Norte. Um ex-executivo da
empresa que esteve à frente do projeto – fora dos quadros da companhia
desde 2016 – também teve prisão temporária decretada.”

“Em razão desses acontecimentos, a nova gestão da OAS esclarece à
opinião pública, aos nossos colaboradores, aos nossos credores e aos
nossos fornecedores que considera relevante não deixar pairar dúvidas ou
suspeitas sobre os negócios anteriores à sua chegada ao comando da
empresa. Em razão disso, os atuais gestores da construtora têm prestado
às autoridades todos os esclarecimentos a respeito de atividades e
contratos sobre os quais haja questionamentos – no projeto do Rodoanel
em particular e em todos os outros que realiza.”

“A OAS já firmou acordos com o Cade e vem trabalhando com outros órgãos
fiscalizadores para acertar contas com o Estado e o povo brasileiro. A
nova gestão da OAS entende que colaborar para elucidar tais
questionamentos é um imperativo para dar continuidade a suas operações
de acordo com os mais elevados padrões de ética e transparência
corporativa, único caminho possível para recuperar o lugar de excelência
que sempre ocupou na engenharia do país.”

Estadão Conteúdo

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