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PF prende envolvidos em mortes de agentes

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Com abrangência em três cidades brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro e Mossoró, no Rio Grande do Norte, a Polícia Federal prendeu preventivamente, ontem (19), em operação simultânea, quatro pessoas, acusadas de arquitetar o assassinato de Agentes Penitenciários que atuam nos presídios federais. O movimento organizado em unidades prisionais federais planejava o assassinato de agentes públicos, em resposta ao regime rígido aplicado dentro desses presídios. Segundo a PF, o Primeiro Comando da Capital (PCC) costuma apelidar o regime disciplinar mais rígido, legalmente imposto dentro das Penitenciárias Federais, de opressão, e pretendia se vingar.  Das quatro pessoas foram presas, três foram em São Paulo e uma em Mossoró.

De acordo com os levantamentos, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) assassinou dois Agentes Penitenciários Federais, em menos de um ano: Alex Belarmino Almeida Silva, morto em setembro de 2016, na cidade de Cascavel no Paraná; e Henry Charles Gama Filho, assassinado no dia 12 abril de 2017, no bairro Boa Vista, em Mossoró.

Delegados da PF afirmaram que plano era arquitetado pelo PCC
Delegados da PF afirmaram que plano era arquitetado pelo PCC

Segundo a Polícia Federal, durante a investigação do homicídio do agente Alex Belarmino, foi descoberto que a facção tinha planos de executar dois Agentes Públicos por unidade prisional. Já em relação ao Agente Henry, as investigações apontaram que sua morte havia sido planejada há dois anos na cidade de São Paulo. A apuração desse assassinato mostrou que, no planejamento do assassinato, integrantes do PCC realizavam coleta de dados, preparando a ação e contando, inclusive, com a participação de pessoas próximas da vítima. As investigações demonstraram, também, que não há pessoalidade nas ações do PCC, que escolhe seus alvos em razão das informações e de uma maior vulnerabilidade com o fim de se executar um plano preciso e sem deixar indícios de autoria.

Participam da operação cerca de 30 policiais federais, que cumpriram oito mandados de busca e apreensão (quatro no Rio de Janeiro e quatro em São Paulo) e mais os quatro de prisão preventiva (três em São Paulo e um em Mossoró). Ao todo foram emitidos 14 mandados, mas dois não foram cumpridos porque as pessoas não foram localizadas. Um deles era um mandado de prisão preventiva, em São Paulo. O outro era um mandado de condução coercitiva, no Rio de Janeiro.

Segundo o delegado da Polícia Federal , em Mossoró, Mário Sério Nery, as buscas resultaram na apreensão de materiais como celulares e notebooks. “Os objetos podem conter provas e indícios que, possivelmente, darão continuidade às investigações, se necessário”, disse Nery.  Henry Charles, morto em Mossoró, estava em um bar quando bandidos chegaram em um carro. Um dos criminosos desceu do veículo e abriu fogo contra o agente, que morreu no local. Henry Charles trabalhava no Presídio Federal de Mossoró.

Delegados falam sobre as investigações e operação

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