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PF prende ex-senador e mais 18 por fraudes no Pará

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OPERAÇÃO - Ex-presidente da Companhia Docas do Pará chega à carceragem da PFBelém – Licitações fraudulentas e desvio de taxas portuárias que teriam  lesado em cofres públicos em R$ 7 milhões levaram para a cadeia 18 diretores  da Companhia Docas do Pará e   empresários investigados por três procuradores  da República e presos ontem durante a Operação Galiléia, da Polícia Federal.  Entre os presos está o ex-senador pelo PSB, Ademir Andrade, que pediu a CDP  até o final de março e saiu para concorrer a um cargo eletivo em outubro. Na  casa de Andrade, a PF apreendeu duas pistolas 380 e uma pistola 9 milímetros.    “Essas armas são de uso restrito da polícia”, informou o delegado Caio Bezerra,  que autuou o ex-senador por porte ilegal de arma e por ferir o estatuto do desarmamento. 

O prédio da CDP foi cercado por  dezenas de policiais federais e algumas prisões aconteceram na residência dos  envolvidos. Além de computadores, disquetes e CDs várias pastas com documentos  foram apreendidos.   O procurador da República Thiago Oliveira não economizou palavras para definir  o que foi descoberto na CDO. “Constatamos corrupção generalizada. Uma das fraudes  consistia em cancelar faturas de recebimento de taxas portuárias. Estima-se  que, só dessa maneira, sumiram dos cofres públicos R$ 7 milhões. Mas os prejuízos  podem ser muito maiores”, disse Oliveira. Foi uma denúncia anônima, feita por empresário prejudicado em licitação na CDP,  que provocou a investigação e abertura de inquérito. Com autorização judicial  foi montada escuta telefônica dos envolvidos. Segundo a PF, para fraudar as  licitações os acusados usavam vários artifícios, como dispensa ilegal do processo  mediante pagamento de vantagem indevida. 

As investigações feitas pela Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério  Público Federal revelam também que o resultado das licitações era combinado  entre as partes , causando prejuízos aos cofres pú blicos. A qualidade e a quantidade  de mercadorias fornecidas á CDP também eram alteradas.   Os presos começaram a prestar depoimento durante a tarde. Bezerra não quis falar  sobre o que eles disseram, limitando-se a dizer que revelaram “coisas interessantes  para a investigação”.  

Veja quem foi preso na operação Galiléia: Ademir Galvão Andrade – ex-Presidente da CDP; Aldenor Monteiro Araújo Jr. – Diretor Administrativo-Financeiro da CDP; Caritas Jussara Muniz Adrian – Supervisora de Faturamento da CDP; Carlos Antônio Quadros de Castro – Exerce cargo em comissão na CDP; Ericson Alexandre Barbosa – Presidente da CDP; Evandilson Freitas de Andrade – R&A Construções e Comercio LTDA.; Hélia Sousa de Oliveira – Gerente de Gestão Portuária da CDP; Jorge Luis Silva Mesquita – Telenorte Comunicações Comércio e Informática LTDA.; José Nicolau Waris – Cohelte Conexões Hidráulicas Instalações Elétricas e Telefônicas; Marcos Antônio Barros Cavaleiro de Macedo – Gerente de Engenharia e Infraestrutura  da CDP; Maria de Fátima Peixoto Carvalho – Presidente da Comissão Permanente de Licitação  da CDP; Nelson Pontes Simas – Diretor de Gestão Portuária da CDP; Paulo Geraldo Ramos Damasceno – Gerente Financeiro da CDP; Ruy Carlos Barbosa de Mello – Contratado da CDP, também responsável pela empresa  JGRM Assessoria e Representações LTDA.; José Canellas – Eico Sistemas e Controles LTDA.; Sílvio da Silva e Silva – Gerente de Informática da CDP.

 

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