As holandesas Brigitte Mussaert Jagat Prasad Sital e Joyce Shafters Nemyer, detidas no último domingo acusadas de tráfico internacional de cocaína, foram transferidas, ontem pela manhã, da carceragem da Polícia Federal para a delegacia da Polícia Civil da Redinha. Os outros acusados – três holandeses e um norte-americano – continuam detidos na superlotada cela da PF, na Cidade da Esperança, à espera de uma vaga no sistema penitenciário estadual. A cela da PF tem 8 vagas, mas abriga 18 presos.
Antes da transferência, as acusadas foram levadas ao setor de identificação do Instituto Técnico de Polícia (Itep), na Ribeira, para exames de corpo de delito e de identificação criminal. Os outros acusados também passaram pelo mesmo procedimento.
Na saída do Itep, sob forte escolta policial, nenhum deles quis falar com a imprensa. A PF, ainda ontem, informou que não tinha novas pistas sobre o caso, uma vez que os detidos – apesar do flagrante – negam as acusações. “Eles disseram que a droga não era deles, quanto mais de onde pegaram ou para quem iam levar”, contou um agente. A PF, ontem, também investigava o passado dos acusados para saber se eles têm passagem pela polícia nos países de origem.
Segundo a PF/RN, os 16 quilos de cocaína pura apreendidos iam de Natal para Lisboa num vôo da empresa Tap. De lá, suspeita-se que a droga seria levada para a Holanda. A origem da droga provavelmente é colombiana ou boliviana, países que fazem fronteira com o Brasil e são os principais produtores de cocaína.
