O Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) cresceu 0,8% no trimestre encerrado em novembro de 2019 na comparação com o trimestre findo em agosto daquele ano. O dado é do Monitor do PIB, divulgado hoje (21) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
#SAIBAMAIS#Segundo a FGV, o PIB cresceu 1,9% na comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2018 e 1% na taxa acumulada em 12 meses. Considerando-se apenas o mês de novembro, o PIB teve altas de 0,3% na comparação com outubro de 2019 e de 1,6% em relação a novembro de 2018.
Na comparação do trimestre encerrado em novembro com o trimestre findo em agosto de 2019, a alta de 0,8% foi influenciada por um crescimento no mesmo patamar, de 0,8%, do setor de serviços. A indústria cresceu 0,5% e a agropecuária, 0,3%.
“O resultado positivo da economia em novembro, em comparação a outubro, foi influenciado pelo consumo, tanto do mercado interno quanto do externo, com crescimento do consumo das famílias e das exportações”, justificou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
“Destaca-se que o crescimento do consumo das famílias está sendo impulsionado pelo aumento do consumo de serviços. Com relação à FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo, medida dos investimentos no PIB), a despeito do resultado positivo interanual, o resultado ajustado sazonalmente mostra, em novembro, a terceira queda consecutiva da taxa mensal do indicador. Este resultado é explicado, principalmente, pela retração de máquinas e equipamentos. Tais resultados continuam sinalizando que a recuperação da economia está mais ancorada na expansão do consumo do que dos investimentos”, completou Claudio Considera.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 6,606 trilhões de janeiro a novembro de 2019, em valores correntes.
Crescimento maior em 2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 21, que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 2,5% em 2020 – acima da última revisão realizada pela sua pasta, que projeta alta de 2,4% para a economia. A estimativa foi feita durante o painel “Perspectiva Estratégica – América Latina” do Fórum Econômico Mundial 2020, em Davos.
Ele comparou a economia brasileira com uma “grande baleia, de dimensões continentais” e disse que o governo está “removendo os arpões que travavam o crescimento” do País, citando o descontrole fiscal. Com o controle dos gastos, disse, o Brasil está mudando seu mix econômico e vai aumentar a participação do setor privado na economia. “O mix sempre foi com o lado fiscal solto e o monetário preso e, agora, é com o lado fiscal preso e o monetário, solto”, afirmou.
Ele comemorou a aprovação da reforma da Previdência que, disse, teve aprovação da população e atacou frontalmente os privilégios do funcionalismo público. “Não apenas o governo estava gastando muito, como era um gasto de baixa qualidade”, pontuou, afirmando que “ao contrário de países como a França, a reforma teve apoio popular”.