Ramos Duarte, proprietário do Sebo Balalaika. “Eu queria agregar tudo
que eu gosto e trabalho num lugar só e colocar em movimento: música,
artes plásticas, literatura. De quebra, a gente ainda homenageava uma
figura local. Nosso primeiro homenageado foi Deífilo Gurgel”, conta. O
evento cresceu tanto que saiu do sebo e foi para a rua. Chegou a receber
nomes como Terezinha de Jesus, Glorinha Oliveira e o maestro Frank
Novais.
O projeto seguiu forte até 2016, ano
em que saiu de cena. Ramos conta que tentou vários editais de
financiamento público para retomar o Sábado. Não deu certo (até o
momento), mas a vontade de voltar foi maior. Ele conta que o momento de
renascimento cultural da Cidade Alta, através do Beco da Lama, foi um
bom estímulo para voltar – apesar de o Sábado de Ramos ter uma pegada
diferente dos eventos mais festeiros. “O nosso público não é o mesmo das
festas do Beco, mas no final todo mundo se integra. Essa é a proposta”,
afirma. O projeto é mensal.
Letras e flores
O
escritor Lenilson Antunes acredita que o momento está propício para
relançar “Parnamirim Field”, livro lançado originalmente em 2009, e
agora com segunda edição. “O livro é um romance histórico que se passa
em Natal durante a 2ª Guerra Mundial, e neste ano se falou muito sobre
isso. Muitos estudos, eventos e homenagens ao período. O livro usa a
época como cenário para as tramas”, diz. O romance, fruto de quatro
anos de pesquisas, cria uma trama de espionagem envolta na província
nordestina. Lenilson aborda curiosidades, como o ‘bureau’ do FBI em
Natal, e até um campo de prisioneiros em Macaíba.
“Depois dos traços, flores” é o nome da exposição que Laércio Eugênio fará neste sábado. Serão 30 telas à mostra, exibindo o resultado dos cinco anos em que o artista trabalhou o tema floral de uma forma diferente. “As flores vieram porque eu queria um tipo de composição mais simples, que deixasse as pinceladas mais visíveis”, conta. Nas telas de Laércio, as cores e as luzes são até mais importantes que o desenho em si. “Eu procurei mais a impressão, a sensação da imagem”, ressalta. Esta é a segunda vez que ele expõe em Ramos, e a primeira vez que expõe esse tema. A mostra ficará aberta durante quinze dias.
All that jazz
A apresentação de Joca Costa e e Heliana, às 14h, fará um diálogo musical com o livro “Parnamirim Field”: uma viagem pelos clássicos do jazz. No repertório, muitos standards de Cole Porter, Tom Jobim, Duke Ellington, irmãos Gerswhin, Glenn Miller, entre outros. Joca Costa é referência para gerações de instrumentistas. atuou como requisitado instrumentista ao lado de nomes como Geraldo Azevedo, Gilberto Gil e Elba Ramalho com a qual se apresentou no Festival de Jazz de Montreuax, na Suíça.
Serviço: