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Pintor natalense o Masp

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Woden Madruga
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Li na Folha de S. Paulo notícia de que a obra de um artista natalense vai integrar o rico acervo do Masp (Museu de Arte de São Paulo), das mais importantes instituições culturais do país, referência maior na paisagem cosmopolita da Avenida Paulista. O potiguar é Abraham Palatnik, pioneiro da arte cinética no Brasil e cuja obra é reconhecida no mundo inteiro, participando de exposições e bienais internacionais. Abraham Palatnik nasceu em Natal em 1928, filho de família de judeus russos. Aqui a família permaneceu por muitos anos, mas Abraham, menino ainda, foi morar na Palestina com seus pais. Os tios ficaram. Voltando ao Brasil fixou-se em residência no Rio de Janeiro, onde mora. Está com 90 anos e em plena atividade.

Abraham Palatnik já esteve em Natal várias vezes. Gosta de rever a terra onde nasceu. Sua família construiu o primeiro condomínio residencial de Natal. Ficava na Ponta do Morcego, entre a Praia do Meio e Areia Preta. E um outro na Avenida Deodoro, fazendo esquinas com a Ulisses Caldas e a Coronel Cascudo, olhando para o Colégio da Conceição: Vila Palatnik. Algumas dessas casas ainda mantêm seus traços arquitetônicos.  Aqui realizou algumas exposições e doou obras para a Pinacoteca do Estado (Palácio Potengi) e a Prefeitura homenageou dando o seu nome a galeria de arte do Mercado de Petrópolis. Merece mais.

Destaco alguns trechos da matéria da Folha

–  O acervo do Masp cresceu. A partir desta quinta-feira (14) estarão disponíveis ao público 25 novas obras de artistas brasileiros. Os trabalhos, datados desde meados de 1800 até 1980, são parte de 66 obras cedidas pela B3, dona da Bolsa de Valores de S. Paulo, em sistema de comodato.

– Isso significa que, pelos próximos 30 anos, o museu estará responsável pelas obras, podendo expô-las e emprestá-las para outras instituições culturais do Brasil e do mundo

– É a primeira vez eu o Masp incorpora em seu acervo, por exemplo, obras de Lygia Clark (1920-1988) e Ione Saldanha (1921-2001). São elas: “Caranguejo”, escultura de alumínio de Clark, e “Bambú”, acrílica sobre bambu, de Saldanha.

– Entre as novidades, também há uma obra em papel cartão do artista Abraham Palatnik, 90, pioneiro da arte cinética no Brasil, e de Antonio Ferrigno (1863-1940), conhecido como “pintor de café”.

– Neste primeiro momento, apenas 25 obras ficarão expostas ao público no “Acervo em Transformação”, e trarão uma cronologia da história da arte brasileira”.

Numa das minhas paredes vivas do Barro Vermelho tenho uma tela de Palatnik, dividindo espaço com Ariano Suassuna, Leopoldo Nelson, Dorian Gray, Thomé, F d Silva, Malagantana (moçambicano), Nivaldo, Túlio Fernandes, Emmanoel Amaral e Ciro Fernandes (Ciro de Uiraúna).  Almoçamos juntos todos os dias. Olhando-os, claro, fico todo ancho, feliz que só.

Política
Amanheço lendo Josias de Souza.  Sua coluna de ontem no saite do UOL traz um dos siderais cenários da política brasileira, já revelado no título: “Lula confunde prisão com estúdio de campanha”. Confira:

– Quando Lula era um mero investigado, o PT já dizia que ele seria candidato à Presidente. Depois de condenado, o partido reiterou a candidatura. Agora mesmo é que a coisa vai ou racha, dizem os petistas. Consumada a prisão, o PT acha a postulação de Lula tem que ir em frente, mesmo rachada. O partido dá de ombros para o fato de que seu hipotético candidato virou um ficha-suja inelegível.

– Em recursos apresentados no STJ e no STF, a defesa de Lula pede que ele seja posto em liberdade. Alega, entre outras razões, que Lula lidera as pesquisas e tem o direito de fazer campanha. Sustenta que seria “gravíssimo” cercear os direitos políticos de um corrupto condenado em segunda instância.

A satisfação dos desejos do PT depende da desmoralização da Justiça penal. Farejando o cheiro de queimado, o ministro Felix Fischer, do STJ, já rejeitou pedido de suspensão dos efeitos da condenação de Lula. Mas o partido pede à juíza Carolina Lebbos, de Curitiba, que autorize Lula a gravar vídeos de campanha na prisão. Se a moda pega, botarão centenas de candidatos nas cadeias brasileiras. O PT tem todo o direito de viver no mundo da Lula. O que não seria aceitável é que a Justiça aceita-se fazer o papel de boba. ”

Chuva 
Terceiro (ou o quarto?) dia de chuvinhas finas e esparsas por terras potiguares. Pelo boletim da Emparn, a chuva melhorzinha foi em Natal (onde não se planta nem milho nem feijão), 13,5 milímetros. Em Baia Formosa, 9, Extremoz, 8, Goianinha, 7, Parnamirim e Ceará Mirim, 6.

No Agreste, chuviscos também: Bom Jesus, 6,5 milímetros, Monte Alegre, 3. No Estado do Ceará não choveu. Fininhas no Brejo da Paraíba.

Livro 
Terça-feira que vem, dia 19, no restaurante “A Cozinharia” (Avenida Praia de Muriú, 9132, Ponta Negra), teremos o lançamento do livro Baracho, da escritora e professor de Geologia Maria Dolores Wanderley.  É um romance que conta coisas de Natal.

O lançamento está marcado para ás 19 horas com direito a música (noite de chorinhos) e uma exposição de quadros da autora que também é pintora.

Sem canjica 
Hoje já é metade de junho (15) e o governo do Estado ainda não concluiu o pagamento dos salários de maio dos servidores públicos. A turma que está na maior sofrência é a dos aposentados. São João sem canjica nem pamonha. Talvez um traque, peido de véia.

Sarau 
A palestra de abertura do I Sarau Literomusical, que acontecerá no dia 20 no auditório central do Instituto Ágora, da UFRN, será proferida pelo professor, escritor e poeta Humberto Hermenegildo de Araújo, também membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.

Ele falará sobre o tema central: “Da palavra ao corpo: com a poesia distraídos venceremos”. O evento é promovido pelo Departamento de Letras da UFRN.

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