São Paulo – O Plano Agrícola e Pecuário 2005/2006 (PAP) aplicou 98% dos recursos programados para o período. Isso significa que entre julho de 2005 e junho de 2006 foram investidos R$ 43,5 bilhões na agricultura empresarial no Brasil. O valor é 2% maior que o aplicado na safra anterior. O PAP é elaborado anualmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e norteia os produtores para a safra subseqüente.
Os dados referentes à safra passada resultaram de informações obtidas junto ao Banco Central, bancos públicos federais e bancos cooperativos. Os números foram consolidados pelo Grupo de Acompanhamento de Crédito Rural, que monitora a evolução da execução dos programas de financiamento (custeio, comercialização e investimento). A equipe é formada por técnicos da SPA, dos bancos públicos federais e cooperativos, e dos ministérios da Fazenda e Planejamento.
De acordo com o coordenador geral de Análises Econômicas da SPA, Wilson Vaz de Araújo, foram programados R$ 33,2 bilhões para custeio e comercialização da safra em 2005/2006 e executados R$ 38 bilhões, um acréscimo de 10% em relação à safra passada, quando foram aplicados R$ 34,7 bilhões. “Os recursos para custeio e comercialização correspondem a 75% do total programado para o plano safra”, explica Wilson. Os empréstimos a taxas controladas alcançaram R$ 24,2 bilhões (7% a mais que a safra passada e 16% a mais que a programação original).
A crise do setor agrícola influenciou a demanda por créditos de investimento, que tiveram uma retração de 31%. As maiores quedas foram no Moderfrota (54%) e Moderinfra (36%). “Em compensação, tivemos um aumento de 70% no Propflora, que financia projetos florestais, e de 19% no Prodefruta”, destaca Wilson. Para 2006/2007, estão programados R$ 50 bilhões para a agricultura comercial, sendo R$ 41,4 bilhões para custeio e comercialização.
