Hoje, a presidente Dilma Rousseff deve se reunir com os governadores do Nordeste para discutir as ações do Plano Nacional de Combate à Microcefalia, anunciado no último sábado (5). O governador Robinson Faria (PSD) viajou ainda ontem (7) para Brasília.
Até o dia 2 de novembro, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) havia confirmado 89 casos da má-formação, e seis óbitos. Somente em Natal, até ontem (7), 37 bebês foram identificados com a doença. Até o ano passado, o número de casos registrados era de, no máximo, um por ano. A grande dificuldade, segundo representantes da área de saúde, é que ainda não é possível determinar por quanto tempo o Zyka vírus pode permanecer alocado no corpo da mãe, tampouco como chega ao feto e causa a anomalia. Como ainda não existe tratamento ou vacina contra o vírus, e os exames de identificação existentes ainda não foram liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a única saída é a prevenção.
#SAIBAMAIS#Na semana passada, o Município decretou emergência por causa da doença. De acordo com o secretário municipal Luiz Roberto Fonseca, o decreto facilitará a contratualização de exames necessários para as crianças suspeitas de terem microcefalia, como tomografia e ultrassonografia transfontanela. Ainda não é possível determinar qual o aumento do número de exames, nem se o Ministério de Saúde aportará algum recurso extra para auxiliar os municípios. Além disso, a Prefeitura fica autorizada, pelo decreto, a adentrar imóveis fechados caso o proprietário não responda a notificação em até 24 horas.
Exército
No âmbito do Estado, a Sesap ainda não delimitou quais ações serão decorrentes do decreto de emergência, publicado no dia 3 de dezembro. Porém, já foi confirmada a presença de 700 militares para auxiliar no combate ao Aedes aegypti. De acordo com Ministério da Defesa, sendo 350 do Exército, 200 da Marinha e 150 da Força Aérea Brasileira. As equipes “serão compostas por dois militares e um agente epidemiológico que irão percorrer as casas, diariamente, para identificar os focos do mosquito, aplicar larvicidas em locais de água parada e orientar a população a respeito dos riscos do Aedes aegypti. O contingente que irá atuar na força-tarefa está em fase de capacitação e deverá iniciar as atividades nos próximos dias”, disse o ministério, em nota.
