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Plano do Governo Federal para recuperar Estados está pronto e será enviado ao Congresso

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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, confirmou que a proposta que leva o seu nome e tem como objetivo ajudar na recuperação fiscal dos Estados será enviada ao Congresso na próxima semana. Segundo ele, antes disso, será apresentada aos secretários de Fazenda dos Estados.

Mansueto Almeida afirma que é preciso ter cuidado para evitar desequilíbrio fiscal

Mansueto Almeida finaliza o plano para assegurar acesso a financiamentos com aval da União

#SAIBAMAIS#De acordo com o secretário, o plano já foi apresentado a alguns governadores e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na quinta-feira, 9.

Ontem, teve reunião com integrantes da Casa Civil para apresentar os detalhes do plano, Mansueto também esteve com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para tratar da questão.

“Quanto mais rápido enviar (para o Congresso), melhor, porque é projeto de lei, tem a tramitação na Câmara, no Senado”, disse Mansueto.

O calendário, no entanto, será definido pelo Legislativo. “O que temos enfatizado para todos, principalmente para os governadores é que, por trás disso, tem um ajuste fiscal, que é a exigência de que eles mostrem um plano para que, até o fim do mandato, eles recuperem a nota B”, comentou.

Segundo explicação de Mansueto, os Estados que possuem nota de rating A e B já possuem atualmente o direito de pegar empréstimos com garantias da União.

Já os Estados que têm nota D – Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais -, podem utilizar um regime melhor, de recuperação fiscal. “Daí eles deixam de pagar a dívida. Então, isso (o plano Mansueto) é mais para quem tem nota C”, afirmou. O Rio Grande do Norte está entre os estados com nota C.

Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou, o plano pode dar um alívio aos governadores de até R$ 40 bilhões em quatro anos. O programa permitirá aos Estados ter mais crédito para pagar funcionários e fornecedores, entre outras despesas, desde que se comprometam a adotar medidas de ajuste.

Apesar do socorro financeiro que o governo federal prepara para os governos estaduais, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, avaliou na segunda-feira, 6, que o que vai salvar as contas dos Estados é o controle de gastos. “O que vai salvar os Estados é a reforma da Previdência”, acrescentou, em entrevista à GloboNews.

Ele lembrou que os governadores terão que fazer o dever de casa para terem acesso ao programa que o ministro da Economia, Paulo Guedes, batizou informalmente de “Plano Mansueto”. “Para acessar o programa, o governador terá que mostrar que conseguirão recuperar nota de crédito do Estado junto ao Tesouro nos quatro anos de seu mandato”, enfatizou.

Mansueto disse ainda que o governo federal ainda não decidiu o porcentual do bônus de assinatura do leilão do excedente de petróleo na área da cessão onerosa que será dividido com Estados e municípios. O valor a ser arrecadado pela União no leilão é estimado em R$ 106 bilhões e parte será usada para pagar a Petrobras.

“Haverá um grande aumento na arrecadação de royalties e participação especial na exploração do petróleo nos próximos anos e o governo também está pensando em forma de dividir parte disse com Estados e municípios”, completou o secretário.

Antecedentes
Na última tentativa de socorro aos Estados, em 2016, a União concedeu descontos de R$ 50 bilhões nas parcelas e alongamento das dívidas com o governo federal. Em troca, os governos estaduais deveriam colocar um limite no crescimento das despesas correntes (sem contar investimentos). Dos 19 Estados que fizeram a renegociação, porém, dez já avisaram que não conseguem cumprir a regra.

O novo plano estabelece que os governadores precisarão cumprir as medidas para ter direito à garantia da União na contratação dos empréstimos.

Formalmente chamado de Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF), o projeto não vai transferir diretamente recursos aos Estados, mas dará sinal verde para que eles possam captar no mercado em condições mais favoráveis, porque os financiamentos terão a garantia do Tesouro. Em caso de calote, a União vai honrar a dívida.

Com esse crédito, governadores com dívida baixa, mas com excesso de despesas, vão ter alívio financeiro para pagar funcionários e fornecedores. O programa tem como foco os Estados que têm nota C no ranking do Tesouro que mede o nível de bons pagadores (os melhores recebem nota A). Pelas regras atuais, os Estados com nota C não podem receber garantia do Tesouro em empréstimos bancários e de organismos multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). São eles: Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal.

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