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Planos e planos mais

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ALCYR VERAS
economista e professor universitário

Desde o surgimento das primeiras civilizações até aos dias atuais, o homem sempre fez suas previsões sobre aquilo que desejava realizar. Já naquela época, as poderosas invasões territoriais, praticadas pelos Impérios Romano, Grego e Pérsio, foram comandadas por ações meticulosamente planejadas. Hoje, governos e empresários nada fazem sem antes consultarem o planejamento de suas ações.

Na primeira metade do século vinte, o Plano mais abrangente e marcante, de que se tem notícia, foi o New Deal, uma nova ordem econômica adotada pelos Estados Unidos em 1933, sob o comando pessoal do Presidente Franklin Roosevelt, com base na proposta de Keynes, de  intervenção do Estado na Economia, com o objetivo de combater a Grande Depressão (de 1929) e a devastadora crise do desemprego. O New Deal começou pela implantação de um rigoroso controle do sistema financeiro. Além disso, adotou um audacioso programa de obras públicas; desvalorizou o dólar para expandir as exportações; e criou a lei de incentivos para recuperar e incrementar a indústria nacional. Lançado em 1947, para recuperação dos países europeus arruinados pela Segunda Guerra Mundial, o Plano Marshall teve também considerável repercussão econômica no mundo. Com isso, os Estados Unidos (estrategistas como sempre foram), abriram caminho para a entrada do Capital norte-americano na Europa e, ao mesmo tempo, impediram a expansão do comunismo naquele continente.

A primeira experiência de Planejamento formal, realizada no Brasil, ganhou o nome de Plano de Metas do Governo Juscelino Kubitschek, destacando-se por apresentar propostas mais consistentes para o desenvolvimento econômico e social do país. Prioridades para infraestrutura (energia elétrica e transporte), e produção de bens intermediários: aço, cimento, e carvão. Entretanto, seu governo ficou mais conhecido pela indústria automobilística e a construção de Brasília.

No período de Governo do regime militar, o chamado Plano Nacional de Desenvolvimento (PND I e II), além das áreas convencionais (educação, saúde, agricultura, e saneamento), contemplou ações em grandes projetos de infraestrutura: energia (hidrelétricas), telecomunicações, irrigação, estradas, siderurgia, petroquímica, portos, mineração, ciência e tecnologia. Mas, falhou quanto à política de integração nacional, porque aumentaram as desigualdades regionais. 

 Ao ser implantado em julho de 1994, o Plano Real derrubou a diabólica e corrosiva espiral inflacionária e pavimentou o caminho para a estabilidade da economia brasileira. Aqui, no Rio Grande do Norte, com todo o apreço e consideração aos demais governantes, destaco dois Planos de Governo que pontuaram ações desenvolvimentistas, sobretudo pelo pioneirismo de suas atividades: o de Aluízio Alves (pela infraestrutura e educação básica); e de Cortez Pereira (pela criatividade de projetos socioeconômicos).

Agora, a nossa Federação das Indústrias (Fiern), em parceria com o Governo do Estado, lança o promissor Projeto Mais RN, que tem o apoio decisivo da iniciativa privada. O projeto identifica oportunidades de negócios potencialmente disponíveis em áreas como: turismo, pesca; mineração; energias renováveis. Defendendo a mudança de cenário, propõe um ousado desafio: dobrar em 20 anos o PIB do Estado do Rio Grande do Norte.

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