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PM impede fugas no Raimundo Nonato

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O clima foi bastante tenso durante toda a quinta-feira (19) no Presídio Provisório Raimundo Nonato, onde a Polícia Militar conseguiu evitar duas tentativas de fugas – uma às 9 horas e outra por volta das 17h30. Barulho de tiros e bombas de efeito moral foram ouvidas pelos vizinhos da unidade localizada na zona Norte de Natal. “Os disparos foram necessários, foi a forma que conseguimos conter as fugas”, disse o Major Lisboa, do 4º Batalhão, responsável pelo patrulhamento da zona Norte.
Presído provisório Raimundo Nonato registrou ontem duas tentativas de fugas, às 9h e às 17h30
#SAIBAMAIS#O Major informou que entre 150 e 200 detentos do presídio tentaram fugir. “Agora (às 18h30) a situação está controlada, os presos foram todos reunidos na quadra para contagem e revista realizada por agentes penitenciários e pelos cerca de 20 agentes do GOE (Grupo de Operações Especiais) que participaram da ação. A segurança requer muita atenção, os detentos estão soltos nos pavilhões e apenas um muro separa a quadra da via pública”, observou Lisboa. Era possível ouvir gritos cobrando disciplina vindos de dentro da unidade. Foi encontrado um túnel na cela 4 do pavilhão “A” durante a revista.

A rua lateral do presídio, onde fica o muro da quadra, é mal iluminada e há postes apagados. Uma moradora, vizinha do Presídio Provisório Raimundo Nonato que não quis se identificar, disse que a “situação fica tensa (quando tem fugas ou tentativas), mas a gente acaba se acostumando”.

O Major Lisboa destacou que conta com 10 viaturas do 4º Batalhão da PM, mais apoio do Regimento de Polícia Montada, motos da Rocam e viaturas do BPChoque no patrulhamento da zona Norte e do entorno do presídio. Lisboa acrescentou que o efetivo ainda terá que fazer escolta dos ônibus, conhecidos como bacuraus, que transportam os motoristas de ônibus durante a madrugada até as garagens das empresas. “A situação é complicada, estamos todos preocupados, mas a situação está controlada por aqui”, garantiu.

Quando a reportagem da TRIBUNA DO NORTE esteve no local, o diretor da unidade, Alex Coutinho, realizava revista e contagem dos presos.

Coutinho confirmou que os 116 presos que não puderam ser transferidos da Penitenciária Estadual de Parnamirim – PEP para Alcaçuz, na quarta-feira (18), de acordo com decisão da juíza corregedora da Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, iriam passar “mais essa noite por aqui. A situação está estável nesse momento”, garantiu. Alex Coutinho disse que não sabe “para onde os 116 presos serão transferidos, mas a orientação é para ficarem mais essa noite por aqui”.

Risco de morte
Em nota, a juíza explicou que “os presos foram retirados à revelia e transferidos para Alcaçuz, correndo sérios riscos de morte, em especial porque a rebelião do presídio não foi controalda”. Ela ressalta que existe uma decisão do Colegiado de Juízes de Nísia Floresta, proferida em 2015, que interdita a Penitenciária de Alcaçuz e que “em meio a uma rebelião, com presos armados, Alcaçuz jamais poderia receber presos. Qualquer decisão em contrário não seria razoável.”

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