Publicada às 15h46
A maioria dos 479 PMs detidos em decorrência da greve está alojada em condições subumanas, muito piores das encontradas nos presídios.
Hoje, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE acompanhou a visita de uma comissão de vereadores e deputados aos alojamentos onde estão 282 PMs e constatou o caos. Os policiais estão dormindo ao relento, sob chuva, sem camas ou colchões. Falta água e também alimentos. Na Zona Norte, um grupo de 21 policiais está detido no mesmo prédio onde ficam os detentos do regime semi-aberto, dentro da cerca e no complexo da Cadeia Pública Raimundo Nonato.
Na Companhia de Turismo (CPTUR), na Ribeira, foi encontrada a situação mais grave. Os 37 policiais detidos dormiram numa sala com parte do teto destelhado. Choveu durante a madrugada e a água molhou as "camas" improvisadas com tijolos e papelão. Os PMs estão na Cptur desde a terça-feira e reclamaram da falta de água para beber e tomar banho, além do suposto "banheiro" estar entupido. O deputado estadual Álvaro Dias, em visita na noite anterior, quase pisou num rato.
Além de Natal, existem policiais presos em Parnamirim, Mossoró e Caicó. Eles ficarão detidos por 60 dias pelo crime de deserção – faltaram mais de oito dias ao serviço sem justificativa – e depois serão reintegrados à corporação. Mas o processo pelo crime continuará na Auditoria Militar e, caso sejam considerados culpados, podem ser até mesmo expulsos, dependendo da ficha profissional de cada militar.
Leia mais na edição de amanhã da TRIBUNA DO NORTE.
