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Pneumonia mata mais crianças

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São Paulo (AE) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um alerta há menos de um mês na revista científica “The Lancet”: a pneumonia é principal causa de mortes de crianças com menos de 5 anos em todo mundo. Apelidada como “matadora esquecida”, superou as diarréias (como a causada por rotavírus) e é mais fatal nessa faixa etária que malária, sarampo e aids juntas. São mais de 2 milhões de mortes por ano. Desses casos, mais de 1,2 milhão de mortes são provocadas pelo Streptococcus pneumonia, micróbio para o qual existe vacina, mas seu alto preço (no Brasil a dose custa cerca de R$ 220) impede a disseminação.

A gravidade do problema tem mobilizado o Instituto Sabin de Vacinas, liderado pelo médico brasileiro Ciro de Quadros, radicado há mais de 30 anos nos Estados Unidos. Ele está no Brasil durante esta semana para divulgar um trabalho de levantamento de informações que o grupo está fazendo na América Latina para justamente tentar ampliar o uso da vacina.

“As diarréias são uma causa importante de morte, mas há muito tempo foram iniciados programas para minimizar seus danos. Com o estreptococos, a situação é diferente. Nos últimos anos aumentou a resistência aos antibióticos, então o impacto no controle foi bem menor”, explica Quadros.

Para piorar, nos países em desenvolvimento, em especial na América Latina, não há estatística sobre mortes. Há uma estimativa de que em 1999 houve cerca de 100 mil mortes, mas Quadros acredita que só um número específico pode ajudar a pressionar governos a integrar a vacina no programa público.

Segundo ele, hoje, para vacinar uma criança contra difteria, tétano, coqueluche, sarampo, tuberculose e pólio, gasta-se apenas US$ 1. A do estreptococos pneumonia custa US$ 50 a dose.

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