sábado, 20 de abril, 2024
28.1 C
Natal
sábado, 20 de abril, 2024

Poeta de 10 anos vai lançar livro na Bienal de São Paulo

- Publicidade -

ESFORÇO - Rafael diz ter deixado os games para poder concluir livro

Visto de longe, Rafael Cavalcanti Duarte Galvão parece uma criança comum de 10 anos de idade. Porém, quando começamos a conversar com ele, logo percebemos que há ‘um algo mais’ fervilhando na mente desse pequeno poeta prodígio. Articulado e muito bem informado, Rafael passou a escrever sistematicamente durante o verão de 2004/2005, em qualquer pedaço de papel que via pela frente. Qualquer coisa era motivo de inspiração: o mar, a avó, o amor, a família, a vontade de cursar medicina na universidade, o Dia da Criança, a família, a guerra e até o mensalão.

O resultado desse súbito estalo criativo acabou se transformando no livro “Poemas da minha infância”, que o natalense lança hoje na 19ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, um dos três maiores eventos editoriais do mundo em cartaz no pavilhão de eventos do Anhembi de 9 a 19 de março, que este ano homenageia duas maiores paixões do brasileiro: o carnaval e a Copa do Mundo de Futebol. A edição independente traz um apanhado consistente, e surpreendente, de 25 poesias ilustradas pelo próprio autor.

Líder de turma na escola, este ano o autor está cursando a 6ª série no colégio Marista, Rafael contou que os pais foram os primeiros ouvintes. “Depois participei de um recital na escola durante as festas do Dia das Mães e dos Pais. Distribuí versos com meus amigos e só depois os professores ficaram sabendo que os textos eram meus”, disse com a segurança de quem já digita seus próprios poemas no computador.

“Quando as professoras Matilde (de Literatura) e Nizinha (de Português) descobriram que os versos eram dele, sugeriram que Rafael editasse um livro para ser lançado no recital do Dia do Livro, em novembro”, lembrou a mãe Hebel Cavalcanti Galvão. “Ele sempre gostou muito de ler e escrever, mas juntar tudo deu trabalho pois Rafael escrevia em guardanapo, livro de receitas, em qualquer lugar”.

Como qualquer garoto de sua idade, Rafael Galvão disse que teve que deixar de lado o jogo de bola na rua com os amigos e o vídeo game para conseguir concluir o livro. “As vezes a poesia sai bem rapidinho, em outras demoro para encontrar as rimas. Tem a preguiça também”, confessa. Ainda não há planos para um segundo livro, tempo ele tem de sobra, mas a mãe já avisou que este ano será de dedicação aos estudos. “Quero fazer medicina ou então ser pintor, mas sei que tenho que ir para outro lugar que valorizem mais a arte”, disse com consciência.

O convite para participar da Bienal surgiu a partir de uma participação no livro do astrônomo potiguar José Renan, que também lança o livro “Meu céu, o céu de cada um e o céu de todos nós” em São Paulo. “Um amigo do meu pai (o escritor Rogério Almeida), que também conhece Renan, leu um dos poemas e fez o contato. O livro traz várias visões do céu, inclusive de pessoas de outros países. Renan me pediu para fazer uma poesia sobre o céu para completar o livro. Ainda faltava a palavra de uma criança”, finalizou esse pequeno grande poeta.

Serviço

Lançamento do “Poemas da minha infância”, de Rafael Cavalcanti Duarte Galvão, na Bienal do Livro de São Paulo. O livro custa R$ 15, mas ainda não está disponível nas livrarias de Natal. Encomendas só pelo telefone 84 9104-4628, falar com Hebel.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas