Os agentes penitenciários do Presídio de Parnamirim apreenderam, na noite de domingo, dentro de uma quentinha que ia para o pavilhão dois, quatro artefatos para a construção de uma bomba. Suspeita-se que o material – não explosivo – serviria para abrigar bananas de dinamite. O clima no presídio, na noite da descoberta do artefato ficou tenso, mas a situação já está contornada.
O secretário de Interior e Justiça, Leonardo Arruda, explicou que os agentes desconfiaram dos detentos por causa da recusa em receberem o jantar e da informação que um motim estava prestes a acontecer. A direção determinou uma revista minuciosa e logo foram encontrados os quatro “tubos”. A princípio, os agentes pensaram que se tratava de bananas de dinamite, mas a hipótese logo foi descartada. “Não podemos dizer que era dinamite. Também não foram encontrados o detonador e a espoleta”, garantiu o secretário. Os materiais citados por Leonardo Arruda são essenciais para a detonação da bomba.
O material foi encaminhado para perícia no Instituto Técnico Científico de Polícia, o Itep, que apontará o uso do artefato. Um detento que trabalha no transporte das quentinhas do furgão para as celas – função geralmente exercida por um preso acusado de estupro ou de crime considerado hediondo e que fica conhecido no presídio como o “pagador” – foi responsabilizado pela entrada do material no pavilhão. Ele, no entanto, não teve o nome revelado. A Secretaria de Interior e Justiça (Sejuc) determinou a instauração de uma sindicância para apurar se houve a participação de algum servidor público no caso.