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Polícia Civil prende dono de “boca-de-fumo” em Neópolis

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APREENSÃO - Material encontrado numa casa em NeópolisPoliciais da delegacia de Pirangi, sob o comando do delegado Graciliano Lordão, prenderam na manhã de ontem o desempregado Paulo Roberto Rodrigues, o “Robertinho”, 48 anos, dono de uma das mais movimentadas “bocas-de-fumo” da zona sul de Natal. O ponto de venda de drogas funcionava na rua Alameda dos Flamboyants, em Neópolis, nos fundos de uma casa próxima ao Conselho Comunitário do bairro. Lá, no momento da prisão, foram encontradas três adolescentes e duas mulheres com bebês de colo, todas usuárias de crack.

Antes da prisão, o delegado tomou o depoimento de seis pessoas que conheciam a “boca de fumo”. Uma delas explicou em detalhes como funcionava o lugar: “Robertinho cede as dependências de sua residência a alguns traficantes para comercializar crack e maconha”. Outra disse: “A droga é fumada lá mesmo” e vendida a R$ 5 a unidade da pedra. 

Diante dos depoimentos, Gracliano Lordão, que assumiu a titularidade da DP em março, solicitou ao juiz da 9ª Vara Criminal, Francisco Saraiva Dantas Sobrinho, a ordem de busca e apreensão. “Era difícil fazer o flagrante porque as testemunhas disseram que a droga era escondida na vagina das usuárias”, disse. Com o mandado em mãos, a polícia foi até a “boca de fumo” e cercou o lugar.

Vinte pessoas estavam na casa e foram levadas à delegacia. Algumas confirmaram que compravam drogas a “Robertinho”. Outras preferiram ficar em silêncio. Foram apreendidos cinco cachimbos artesanais usados para fumar crack, alguns gramas de maconha e crack e produtos que, segundo suspeita a polícia, foram trocados por drogas. “Pelos depoimentos, verificamos que os roubos, arrombamentos e assaltos nos bairros de Neópolis, Jiqui e adjacências eram fomentados pelos usuários. Eles trocavam o roubo pela droga”, explicou um agente.

Um depoimento de um dependente químico de droga ao delegado Graciliano Lordão confirma a versão de que o tráfico fomenta a violência. “Robertinho” foi autuado em flagrante delito por tráfico de drogas e os demais detidos foram interrogados e liberados porque a Lei de Tóxicos não prevê prisão para dependentes químicos. O acusado, à imprensa, negou a condição de traficante. “Sou viciado. Não vendo”, alegou. As duas mães que estavam com as crianças na “boca de fumo” e as três adolescentes foram encaminhadas a entidades que tratam de dependentes químicos de drogas. Duas das três menores confirmaram que usam crack diariamente. O ponto de venda de drogas, segundo informações prestadas por moradores, funcionava há cinco anos.

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