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Polícia cumpre mandados na Itália

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A Polícia Civil do Rio Grande do Norte cumpriu ontem 11 mandados de busca e apreensão na Itália na sequência das investigações para desarticular uma suposta organização criminosa comandada por Pietro Ladogana, acusado de ser o mandante do assassinato do italiano Enzo Albanese, no último dia 02 de maio, em Natal.
Cooperação entre polícia do RN e da Itália segue até terça-feira
O delegado Raimundo Rolim, da Delegacia Especializada em Homicídios (Dehom-Natal) está desde o último domingo na Itália, onde trabalha com apoio  da Polícia Carabinieri de Budoni – Sardenha. A partir da investigação do crime de morte de Enzo Albanese, a Polícia Civil tem obtido indícios e provas de outros supostos crimes praticados pela organização supostamente comandada por Pietro Ladogana, no Estado.

Pietro Ladogana é apontado pela polícia potiguar como o mandante do assassinato. O cumprimento dos mandados expedidos pelo  Procurador da República Andrea Vacca começou nas primeiras horas de ontem. Os agentes italianos instauraram investigação criminal contra Ladogana, preso em Civitavecchia, distante 80km de Roma, capital italiana.

O trabalho de cooperação entre as polícias dos dois países, na Itália, segue até a próxima terça-feira. De acordo com o delegado Raimundo Rolim, na segunda-feira, haverá uma audiência com o procurador da República do Tribunal de Nuoro para realização de um intercâmbio de informações de interesse investigativo. No mesmo dia ocorre uma videoconferência entre o juiz Criminal de Natal, Alceu Cicco e as autoridades do Tribunal de Nuoro para facilitar os trâmites processuais.

Pietro Ladogana, investigado pelas polícias dos dois países, foi preso no dia 29 de maio, no aeroporto de Fiumicino, em Roma, quando tentava embarcar para o Brasil, com 120 mil euros [aproximadamente R$ 361 mil] não declarados a autoridade Doganale da Itália. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Alceu José Cicco.

De acordo com as investigações, a organização criminosa de Ladogana consistia na administração de dez empresas do ramo imobiliário em Natal e Extremoz, todas com sócios italianos não residentes no Brasil e estariam envolvidas em diversos crimes de homicídios, ameaças, estelionatos, fraudes, falsificações de documentos públicos, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, entre outros crimes.

Até o momento, a Polícia Civil já apreendeu mais de R$ 2 milhões em bens móveis e veículos de luxo e importados — são 10 veículos; uma propriedade rural, no município de Ielmo Marinho (Haras Novo Mundo), com dezenas de animais da raça “Quarto de Milha”, avaliada em mais de R$ 1,5 milhão, além da quantia de 36.100 euros, em espécie, com a namorada de Pietro Ladogana, quando ela desembarcava na capital potiguar. A prisão ocorreu no último dia 30 de maio, além de computadores desktops, macbook, notebooks, iPads, e, mais de 20 aparelhos celulares de diversas marcas.

A investigação descobriu também que um consórcio de italianos mandou Pietro Ladogana e o cabo da Polícia Militar do RN dar um “susto” no secretário de Tributação de Extremoz, Giovanni Gomes de Araujo, de 53 anos, em razão da cobrança do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITIV) dos terrenos comprados e vendidos por Ladogana e as empresas sob sua administração, resultando em duas tentativas de homicídio contra o secretário.

Os inquéritos policiais instaurados sobre as tentativas de homicídios já foram avocados pelo chefe da Polícia Civil e farão parte da Investigação Principal, em conexão com o homicídio de Enzo Albanese. Outros homicídios supostamente praticados pelo grupo de Ladogana também estão sendo investigados pela Dehom, Força Tarefa e Diretoria de Policiamento da Grande Natal (DPGran).

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