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Polícia e distorção

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Recebo fax do coronel Marcondes Rodrigues Pinheiro, comandante-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Vem a propósito do comentário de abertura desta coluna na edição do dia 7, quarta-feira, sob o título “O caso da Polícia”. O nosso comentário se estribava numa entrevista que o coronel dera para o Diário de Natal no dia 6, terça-feira, na qual falava sobre as punições que serão aplicadas aos militares grevistas. O título da matéria do Diário aparece entre aspas, tirado das declarações do comandante da PM: “Todos responderão. Não posso ser condescendente com criminosos”.

Na carta do coronel, datada do dia 8, ontem, ele afirma que suas declarações foram distorcidas pelo jornal associado: “O teor da matéria em alusão trata de declarações dada por este comandante ao Diário de Natal, onde teria afirmado “… não posso ser condescendente com criminosos”, o que na verdade, não passa de uma distorção daquilo que foi afirmado perante a reportagem daquele jornal.”

Em seguida, o coronel diz na carta:

“Esclareço, no propósito de contribuir com a retidão dessa coluna e com a veracidade dos fatos, que a expressão utilizada durante a reportagem supracitada foi a de não agir com condescendência criminosa, aludindo dessa forma, ao crime  previsto no art. 320 do Código Penal Brasileiro.

Transcreve todo o teor do artigo citado.

Em seguida, o coronel  diz que na condição de comandante geral da PM “jamais cometeria a inconsequência e a insensatez de atribuir o adjetivo “criminoso” a homens e mulheres que, ao longo da história do Rio Grande do Norte, têm demonstrado sua galhardia, coragem e correção de caráter, na defesa do povo potiguar”.

Mais:

– Afirmo ainda, que os policiais que aderiram a essa insana paralisação, foram vítimas de pseudo-líderes que, utilizando artíficios retóricos escusos, movidos por interesses pessoais e desprovidos de maior equilíbrio, sendo levado a uma conduta equivocada e intempestiva, não atentando para as consequências legais que suas atitudes poderiam gerar.”

Na carta, entretanto, o coronel Marcondes não faz nenhuma referência se enviou correspondência ao Diário de Natal protestando com relação à distorção as suas declarações àquele jornal.

A política e o futebol

O texto abaixo é de Josias de Souza. Pincei do seu blogue da Folha. A analogia entre as duas paixões brasileiras está perfeita. Confira:

– Na semana que chega ao fim, Nelson Jobim, um híbrido de político e juiz, aprendeu uma lição inestimável: a política é um jogo muito parecido com o futebol. Com pequenas diferenças: a bola, por vezes, é quadrada, vale canelada, gol contra conta a favor e as expulsões não obedecem a regras pré-definidas.

– Jobim entrou em campo envergando a camisa do Lula Futebol Clube. Quando caiu em si, já havia levado uma dúzia de bolas pelas costas. Tabelando com Jaques Wagner, o presidente pôs Geddel Vieira Lima na cara do gol. Ao invadir a grande área do Planalto, o ponta-de-lança do time de Michel Temer foi aos tornozelos de Renan Calheiros e José Sarney, os zagueiros de Jobim.

– Súbito, Jobim viu-se fora do jogo. Foi expulso num instante em que já se encontrava estirado na maca. Nesta quarta-feira (7), Lula, o capitão do time, estava mais feliz do que pinto no lixo, como se diz.

– Em visita a um Maracanã reformado, Lula acomodou o governador Sérgio Cabral (RJ), ex-meio-campista de Jobim, debaixo da trave. Ajeitou a bola na marca do pênalti , descalço, deu o chute que faltava. Gooooooooooool… Saiu para o abraço. Ali, na zona do agrião peemedebista, Sua Excelência revelou-se um craque!

Caixa Preta

No dia em que se abrir a “caixa-preta” da Assembléia Legislativa (já houve o tempo do projeto “cara-preta”) o Rio Grande do Norte vai cair de queixo. Essa reeleição do deputado Robinson Faria para um segundo mandato de presidente da Casa, ainda não terminado o segundo mês do primeiro, é  um escândalo. Cada mandato é de dois anos. E ele já vem de dois mandatos anteriores, usando o mesmo expediente regimental. Grande regimento! E que expedientes!

A Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte cada vez mais vai  ficando menor. Assim como um alegre clube de gamão. Velhos e felizes  companheiros que se reúnem à sombra de frondosa gameleira em tardes estivais para dois dedos de prosa e troca de favores.

A Assembléia é uma grande bolsa de favores que resiste até os  abalos da economia chinesa.

E o deputado Robinson o seu grande condottiere.

Chuva

Terceiro dia de chuvas fracas e poucas no Rio Grande do Norte. Pelo boletim de ontem da Emparn, destaque para uma chuva de apenas 16 milimetros em Macau. Uma outra de 7,8 em Riacho da Cruz e 5 em Almino Afonso.  Mais nada.

No Ceará vizinho continua chovendo bem.

No Tribunal de Contas.

Hoje às 10 horas tem a festa da entrega do  Medalha do Mérito Dinarte Mariz, do Tribunal de  Contas do Rio Grande do Norte. São agraciados os jornalistas Ticiano Duarte e Cassiano Arruda, o advogado José Daniel Diniz, o desembargador federal Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, a juíza de direito Soledade Fernandes, o deputado Getúlio Rego e o presidente da Casa Rui Barbosa, Salomão Antonio Ribas Júnior.

Chico Daniel

Hoje é o dia da missa de sétimo da morte de Chico Daniel. Será às 17 horas na Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora, no bairro de  Felipe Camarão.

Chico Daniel foi um dos maiores artistas populares do Rio Grande do Norte de todos os tempos, no mesmo escrete de mestres como Xico Santeiro, Fabião das Queimadas, Jordão, Dimas de Acari, Manuel Marinheiro, Cornélio do Araruna, assim como  Maria do Santíssimo, Dona Militana e Luzia Dantas. 

Chico Daniel, norte-rio-grandense de Assu, foi o maior mamulengueiro (bonequeiro) do Brasil.

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