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Polícia evita clonagem de cartões de estrangeiros

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PROVAS - Polícia apresenta material que estaria em poder dos estelionatários

Policiais da Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista (Deatur) prenderam na tarde de ontem cinco pessoas (quatro cearenses e uma brasiliense) acusadas de integrar uma quadrilha especializada na clonagem de cartões de crédito. O alvo do golpe eram os turistas estrangeiros que realizavam transações financeiras nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil do Praia Shopping. Com a prisão do bando, a polícia descobriu uma nova abordagem dos clonadores de cartões.

Os presos são os cearenses Francisco Jackes Feitosa de Oliviera, 26 anos, Genivan Alves Sena, 42 anos, Raniery Mazzilly Carneiro de Vasconcelos, 29 anos, e Manuel Soares da Silva Neto, 38 anos, além da brasiliense Damiana Maria Carlos Cavalcanti, 28 anos. A delegada Alzira Veiga, da Deatur, explicou que no início da tarde de ontem um agente da especializada – que funciona no mesmo shopping onde o bando pretendia atuar – desconfiou de uma dupla que circulava pelos caixas eletrônicos. Jackes e Manuel estavam à caça de uma vítima e seus movimentos levantaram suspeitas.

A dupla deixou os caixas, mas a polícia continuou a suspeitar que algo estranho estava para acontecer. No meio da tarde, Jackes retornou ao shopping e logo foi reconhecido pelos agentes. Ele estava em companhia de outro comparsa, Raniery, e se prontificou a ajudar um estrangeiro com dificuldade em operar a máquina. Os agentes observaram ao longe toda a ação e se surpreenderam com o novo golpe.

O bandido pede o cartão da vítima e limpa na camisa. Depois, quando a vítima se descuida, ele passa o cartão por um leitor de tarjas magnéticas camuflado numa capinha de celular, que fica na cintura do bandido.

A polícia acompanhou o golpe e, em seguida, ao confirmar as suspeitas, deu voz de prisão à dupla. A equipe da Deatur seguiu para o hotel onde os acusados estavam hospedados e lá fizeram a prisão dos demais integrantes. Em poder do trio foram apreendidos um notebook, um aparelho para codificar tarjas magnéticas e carcaças de cartões prontas para receberem os dados das tarjas magnéticas dos cartões das vítimas.

O bando foi levado a Deatur, no Praia Shopping, onde foi autuado em flagrante delito pela delegada Alzira Veiga e pelo delegado Silvio Fernando nos crimes de formação de quadrilha e tentativa de furto qualificado. Jackes ainda foi autuado no artigo 16 da Lei de Tóxico como usuário de droga. Ele estava com uma pequena quantidade de maconha.  Raniery, na DP, ainda tentou “dar uma de advogado”. Ele insistiu que o crime cometido era de estelionato, e não tentativa de furto qualificado, que prevê pena mais longa. “Eles iam fraudar para depois furtar o dinheiro. Não tem nada de estelionato”, explicou a delegada Kalina Leite, que esteve na delegacia à noite acompanhando o caso.  Um agente da Deatur explicou que os estrangeiros tem muitas dificuldades em operar os caixas eletrônicos por causa do idioma. “Nesse momento de dificuldade e dúvida é que os golpistas agem.

A orientação é só pedir ajuda aos funcionários do banco e desconfiar de estranhos muito generosos”, disse. Os cinco acusados, provavelmente, serão custodiados em delegacias diferentes porque não há tantas vagas numa única DP. SEQÜÊNCIA No intervalo de 17 dias, a polícia fez três prisões de clonadores de cartões. No dia 21 de março, policiais da Especializada de Falsificações e Defraudações prenderam os paulistas Luiz Carlos de Lima, 23 anos, e Israel Alves de Souza, 43 anos, sob a acusação de estelionato. Luiz Carlos, que cumpria pena no regime semi-aberto por estelionato, foi detido com vários equipamentos para a clonagem de cartões de crédito.

 A polícia acredita que a dupla iria agir em caixas eletrônicos no bairro de Ponta Negra. Três dias depois, a Polícia Militar prendeu na frente do Banco do Brasil da avenida Engenheiro Roberto Freire, em Ponta Negra, os cearenses Irismar Neres Leite, 31 anos, e o jogador de futebol profissional Wilson Sales dos Santos, 23 anos, também sob a acusação de tentativa de estelionato. A dupla estava com um equipamento completo para clonagem de cartões.

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