A Polícia Federal apreendeu 35 Kg de maconha na noite da última terça-feira, na BR-101, próximo à entrada do conjunto Cidade Satélite. Os três homens flagrados com a droga estavam sendo monitorados há horas, mesmo assim negaram que estivessem traficando. Um deles é soldado reformado da Polícia Militar. O entorpecente vinha do Polígono da Maconha, região de Pernambuco conhecido pela produção do entorpecente.
Segundo o superintendente em exercício, delegado Rômulo Berredo, a operação teve início quando policiais federais de Salgueiro, Pernambuco, comunicaram aos colegas do Rio Grande do Norte que um conhecido traficante da região estava vindo para Natal. Júlio César de Souza Torres, de 19 anos, desembarcou na rodoviária da Cidade da Esperança por volta das 11h30 de ontem e os agentes já o aguardavam. “Ele fez algumas ligações e algum momento depois, um rapaz veio pegá-lo em uma motocicleta.
César foi para o conjunto Pitimbu, Zona Sul da capital e o piloto da moto era o soldado PM Dener Nóbrega da Silva. Os dois chegaram ao local e passaram bastante tempo caminhando em um bosque próximo à casa em que ficaram. Os policiais continuaram o monitoramento e viram quando, por volta das 19h, os dois rapazes tomaram um táxi e se dirigiram à BR-101, nas proximidades de um grande atacado. Os suspeitos caminharam até uma S-10 de placas MMR-0090, onde estava Washington Lourenço da Silva, de 35 anos. “No momento em que eles descarregavam dois grandes sacos, nossos policiais fizeram a abordagem”, disse o delegado Rômulo.
Nos dois sacos estavam, precisamente, os 35,320kg de maconha prensada em vários pacotes envoltos com fita adesiva. Os três homens receberam voz de prisão em flagrante e com o soldado Dener a polícia encontrou um revólver niquelado, de calibre 38. Segundo o superintendente em exercício, o PM reformado ainda tentou reagir. “Ele fez menção de que iria puxar o revólver, mas acabou contido pelos agentes”.
A operação foi comandada pelo titular da Delegacia de Repressão ao Entorpecente da PF, Gil Dutra, e contou com a participação de agentes federais. O taxista também foi abordado, mas acabou sendo liberado por não ter sido constatado o envolvimento dele com o grupo. Os três detidos foram levados para a sede da PF, onde negaram a acusação do tráfico e não quiseram responder às perguntas dos policiais. “Eles disseram que só iriam falar sobre o caso em juízo”, disse Berredo. A polícia agora deve utilizar os dados da apreensão para tentar descobrir de onde o entorpecente veio e onde seria distribuído.
