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Polícia investiga motivação do crime

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Porto Alegre (AE) – O corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, foi enterrado ontem no Cemitério Ecumênico de Santa Maria em meio a cenas de forte emoção da avó materna, Jussara Uglione, 73 anos, e de  100 amigos dele e da família. Ao mesmo tempo, a polícia, o Ministério Público e advogados revelaram novos detalhes que ampliam as hipóteses, mas ainda não esclarecem todos os mistérios que cercam a morte do garoto. Componentes como possível ciúme da madrasta, falta de atenção do pai e disputa por bens materiais estão na linha de investigação da polícia para o caso que comoveu o Rio Grande do Sul.

Bernardo desapareceu de casa, em Três Passos, no dia 4 de abril. O corpo foi encontrado na segunda-feira, enterrado dentro de um saco plástico em um matagal próximo de um arroio em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros. Na mesma noite a polícia prendeu o médico Leandro Boldrini, 38 anos, pai do garoto, a enfermeira Graciele Ugolini, 32 anos, madrasta, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, 40 anos, amiga de Graciele, sustentando que os três têm envolvimentos com o crime.

Ontem, o advogado Andrigo Rebelato, primo de Leandro, divulgou a primeira versão do médico para o caso, depois de visitá-lo na prisão. “Ele disse que é inocente e quer se defender”, relatou à Rádio Gaúcha. “Também falou que se ela fez, tem que pagar”, complementou, referindo-se a Graciele, com quem Leandro tem uma filha de um ano e meio. Por ter vínculos familiares com o médico, Rebelato não vai assumir o caso, mas apenas auxiliar na procura por um defensor. As mulheres presas ainda não constituíram advogados.

A equipe policial que trabalha no caso ainda apura se Leandro participou do planejamento e da execução do crime. Sabe-se que o buraco no qual o corpo foi escondido estava pronto dois dias antes do assassinato, mas não quem participou da escavação. A polícia confirma que dois fatores forem decisivos para a localização do garoto e a possível responsabilização direta das duas mulheres. Um foi a multa aplicada pela polícia rodoviária à madrasta, por excesso de velocidade, que mostrou que houve uma viagem de Três Passos a Frederico Westphalen em 4 de abril. O segundo foi a análise de imagens colhidas no mesmo dia por uma câmera de vigilância da rua, próxima da casa da assistente social, expondo imagens das duas saindo com o garoto e voltando sem ele. A perícia deve indicar se Bernardo foi morto por uma injeção letal aplicada por uma das mulheres.

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