Uma ação curiosa da polícia do Rio Grande do Norte ocorreu ontem com a denúncia de que assaltantes estavam dentro de uma residência no bairro de Morro Branco. Depois de ser avisada, por telefone, do assalto, uma equipe da Polícia Militar, Batalhão de Operações Especiais e Grupo de Ações Táticas Especiais foi a casa do advogado Manoel Digézio da Costa onde, supostamente, a família estaria sendo mantida refém.
Os policiais entraram nas residências vizinhas, cercaram a casa. E após duas horas de iniciado o suposto seqüestro com reféns veio a constatação: não havia mais nenhum assaltante na casa. Quem estava na residência eram apenas os seis moradores que foram trancados em um dos quartos. “Demoramos para descobrir que não havia mais assaltantes porque o procedimento da polícia é cauteloso, cuidadoso”, explicou o delegado Antônio Peixoto.
O assalto na residência do advogado Manoel Digézio ocorreu por volta das 18h. Nesse horário, seu filho, o estudante Diliano Fábio, estava chegando com o neto em casa. No momento que abriu o portão eletrônico para entrar com o veículo, ingressaram também na residência dois homens armados. Eles renderam o estudante e o filho, e ainda as duas filhas e a esposa do advogado Digézio, além da empregada da casa.
“Os assaltantes chegaram pedindo jóias e querendo saber onde tinha um cofre. Eu não mantenho nenhum cofre na minha casa”, disse o advogado Manoel Digézio, que no momento do assalto estava em uma reunião fora da residência.
A ação dos assaltantes foi rápída. Eles chegaram de moto, entraram com capacete para não serem identificados, trancaram as seis pessoas que estavam na casa dentro de um quarto e em seguida fugiram levando jóias e celulares.
Manoel Digézio foi avisado da presença dos assaltantes por uma filha que estava com o celular no momento da ação dos assaltantes. “Logo que soube avisei a polícia, que chegou imediatamente”, ressaltou o advogado, acrescentando não desconfiar que a ação dos bandidos tenha sido planejada por algum conhecido.
A polícia chegou ao local e cercou a casa, isolou as proximidades da residência e entrou em casas próximas para observar a “ação dos bandidos”. O que eles não sabiam era que os assaltantes já tinham saído há muito tempo do local levando jóias e celulares das vítimas.
O delegado Antônio Peixoto disse que a polícia ainda não tinha informações sobre os bandidos. “Estamos investigando”, completou.
