A polícia prendeu na tarde de ontem, na frente do Banco do Brasil da avenida Engenheiro Roberto Freire, em Ponta Negra, os cearenses Irismar Neres Leite, 31 anos, e o jogador de futebol profissional Wilson Sales dos Santos, 23 anos, sob a acusação de tentativa de estelionato. A dupla estava com um equipamento completo para clonagem de cartões. Em poder deles foram apreendidos uma relação com os números de 14 cartões que podem ter sido clonados nos caixas da avenida Erivan França, na orla de Ponta Negra.
A dupla foi presa numa ação da Polícia Militar. No início da tarde um cidadão ligou para 190 e informou que dois homens, em um Gol branco, estavam em atitudes suspeitas. A dupla passou a manhã circulando nas imediações dos caixas da avenida Erivan França e, à tarde, entrou na área dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil quatro vezes.
Policiais da Companhia de Turismo fizeram a abordagem da dupla na porta do BB de Ponta Negra. Dentro do carro e posteriormente na pousada onde eles estavam hospedados, foram apreendidos um notebook, uma máquina conhecida como “Chupa Dados” ou “Chupa Cabras” – como preferem chamar os bandidos – além de um aparelho para inserir os dados das tarjas magnéticas dos cartões.
A ação policial – que teve o apoio do Batalhão de Operações Especiais – chamou a atenção da população. A avenida Roberto Freire chegou, inclusive, a ser interditada. A dupla foi levada para a Delegacia Especializada de Defraudações e Falsificações, no Alecrim, onde foi autuada pelo delegado Correia Júnior no crime de tentativa de estelionato. O delegado disse que a polícia está atenta a ações de golpistas. Esse tipo de golpe está ficando comum nas capitais nordestinas, o que leva a polícia a desconfiar que os golpistas geralmente ficam pouco tempo em cada cidade para dificultar o reconhecimento.
No dia 21 deste mês, policiais da Especializada de Falsificações e Defraudações prenderam os paulistas Luiz Carlos de Lima, 23 anos, e Israel Alves de Souza, 43 anos, sob acusação de estelionato. Luiz Carlos, que cumpria pena no regime semi-aberto por estelionato, foi detido com vários equipamentos para a clonagem de cartões de crédito. A polícia acredita que a dupla ia agir em caixas eletrônicos no bairro de Ponta Negra.
O crime de estelionato prevê penas brandas. Luiz Carlos foi preso em abril de 2005 com vários equipamentos para clonagem de cartões bancários. Ele foi condenado a pena de cinco anos e quatro meses, mas depois de permanecer nove meses detido acabou beneficiado com a progressão para o regime semi-aberto. O detento dormia no presídio em dias alternados.
