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Policiais e bombeiros militares paralisam atividades e cobram reajuste

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Policiais e bombeiros militares fazem uma paralisação de protesto desde as primeiras horas desta segunda-feira (17). No 9° Batalhão, todas as viaturas de policiamento ostensivo estão paradas. De acordo com policiais militares no local, o efetivo está mobilizado na Governadoria. Somente os praças da guarda patrimonial estão no quartel.

No Centro Administrativo do Estado, militares estaduais começaram a se reunir às 8h. O protesto da categoria é contra a não resolução do reajuste do salário das categorias. De acordo com o presidente da ASSPMBMRN, Eliabe Marques o policiamento será interrompido durante o ato, mantendo em serviço apenas o “efetivo de guarda”, que garante a segurança das unidades policiais e o próprio patrimônio da corporação.
Associação dos militares estima 1.500 pessoas no protesto

Categoria se reúne em frente à Governadoria, no Centro Administrativo

#SAIBAMAIS#Um dos principais pontos questionados pelos militares é que há cinco anos policiais e bombeiros não recebem a reposição da inflação do período. “Essas perdas inflacionárias não foram recebidas pela categoria. Só sairemos de lá quando nossas demandas forem atendidas”, afirmou Eliabe. Na próxima sexta-feira (21) deve haver mais uma reunião entre Governo do Estado e a Associação para tentar chegar a um acordo sobre o assunto.
O vice-governador do Estado, Antenor Roberto, garantiu que, apesar da
mobilização, existe policiamento na rua. Questionado o quanto a
mobilização afeta o número de policiais na rua, Antenor respondeu que
isso é possível de estimar somente no fim do dia, quando é feito um
balanço.

No 9º Batalhão, viaturas não saíram das garagens

No 9º Batalhão, viaturas não saíram das garagens

Antenor chegou à Governadoria do Estado por volta das 10h20
acompanhado do secretário de segurança, o coronel Francisco Araújo, e
dos coronéis Alarico e Monteiro, comandantes da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros, respectivamente. As autoridades estão reunidas, mas
não responderam quem são todas as partes que participam da reunião.

De
acordo com a Assessoria de Comunicação do Governo do Estado, o
comunicado pela associação dos militares é que somente os folguistas se
mobilizasse para não afetar o policiamento ostensivo. “Por isso, o
Governo espera que o policiamento seja normal. A demanda é legítima e
estamos em diálogo” afirmou através da Secretaria de Comunicação. A
versão do presidente Eliabe Marques, no entanto, é de que os efetivos
não-mobilizados são suficientes para garantir o patrimônio dos quartéis.
A associação também informou que “as viaturas da PM nas cidades de
Mossoró (na região Oeste), Pau dos Ferros (Alto Oeste), e Caicó (Seridó)
devem permanecer nos quartéis a partir da 9h desta segunda”

Segundo as associações militares, aproximadamente 1.500 policiais e bombeiros militares, entre ativos e reservistas da Região Metropolitana de Natal e cidades do interior, como Caicó, Santa Cruz e Pau dos Ferros, estão presentes na mobilização e somente quatro viaturas estão circulando na capital. Eles refutam à afirmação do Governo do Estado, afirmando que não há policiamento ostensivo.

As conversas com o Governo do Estado para a questão salarial vem acontecendo há alguns meses, mas não houve avanços, segundo a categoria, a essa demanda específica. Com isso, os policiais e bombeiros militares confirmaram na tarde da última sexta-feira (14), a paralisação, que já havia sido decidida no dia 31 de maio em assembleia geral com outras entidades.
Os deputados estaduais Kelps Lima e Coronel Azevedo estiveram na Governadoria para tentar intermediar as negociações entre a categoria e o Estado. “A Polícia Militar, que está na rua, colocando suas vidas em risco, os policiais militares, no Estado mais violento do Brasil, não podem receber isso com normalidade. É necessário uma atitude do governo”, disse Kelps.

“Queremos é dignidade para os policiais militares e a Assembleia Legislativa tem um papel fundamental neste momento, de acompanhar e oferecer alternativas e sugestões para que busquemos um acordo. Não podemos continuar sendo o pior salário de entrada — soldado — do Brasil. Também somos o pior salário dentro do sistema de segurança do Rio Grande do Norte”, afirmou Coronel Azevedo.

Atualizada às 11h57


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