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Policiais são presos por assassinato de prefeito

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México (AE) – Seis policiais foram detidos por sua suposta participação no assassinato do prefeito de uma cidade no norte do México, informaram ontem autoridades do Estado de Nuevo León. As agentes confessaram sua participação e a polícia tem indícios do envolvimento de outras pessoas na morte de Edelmiro Cavazos, prefeito da cidade de Santiago, informou em entrevista coletiva o procurador de Nuevo León, Alejandro Garza y Garza.

Os detidos foram identificados como cinco policiais municipais e um agente de trânsito de Santiago. “Já temos supostos culpados”, afirmou o governador de Nuevo Léon, Rodrigo Medina, durante o anúncio da captura em Monterrey, a capital estadual.

Cavazos foi sequestrado na noite de domingo, na porta de sua casa, por um comando de pelo menos 15 homens armados vestidos como agentes federais.

Três dias após o sequestro, a polícia localizou o corpo do prefeito, com as mãos amarradas e amordaçado, perto de um local turístico nas proximidades de Santiago, que fica 900 quilômetros ao norte da Cidade do México.

O prefeito, de 38 anos, foi sequestrado sem violência e, segundo declarações de seu segurança, levado em uma caminhonete. O guarda que descreveu o sequestro disse também ter sido sequestrado, mas foi libertado algumas horas depois. O procurador de Nuevo León afirmou que um dos policiais detidos é justamente esse guarda.

Um dos policiais teve participação direta no sequestro, já os demais vigiaram as ruas ao redor da casa do prefeito, disse Adrian de la Garza Santos, diretor da agência de investigações estatal.

Pouco depois do sequestro, o guarda que fazia a segurança da casa do político disse às autoridades que fora jogado no porta-malas do carro de um dos sequestradores, que dirigiu por 15 minutos antes de libertá-lo, sem ferimentos, numa estrada, disse De La Garza.

A procuradoria não apontou nenhum grupo como responsável pelo crime. O caso levou o governo do presidente Felipe Calderón a anunciar novas ações no Estado, como patrulhamentos conjuntos do Exército e da polícia, nos locais mais violentos.

A morte violenta de Cavazos ocorre em meio ao aumento da violência no nordeste do país, atribuída a uma disputa sangrenta do Cartel do Golfo e seus antigos aliados, Los Zetas.

Em junho, o principal candidato a governador no Estado de Tamaulipas, vizinho a Nuevo León, foi assassinado a tiros uma semana antes das eleições. Um candidato a prefeito em Tamaulipas também foi morto a tiros, em maio.

O juiz federal que preside o caso do ex-prefeito de Cancún, acusado de crimes ligados ao tráfico de drogas, sobreviveu a um ataque na quinta-feira na cidade de Nayarit, na costa oeste, segundo um agente federal, que falou em condição de anonimato. O ataque, no qual morreu um dos guarda-costas do juiz Carlos Alberto Elorza, aconteceu horas depois de o presidente Felipe Calderón ter dito que o México deve considerar a possibilidade de indicar juízes anônimos para julgamentos relacionados ao tráfico de drogas.

Elorza é o juiz do caso de Gregorio Sanchez, ex-prefeito de Cancún que deixou o cargo quando foi acusado de tráfico de drogas de lavagem de dinheiro.

A proposta de Calderón, feita num fórum de segurança na quinta-feira, foi inesperada porque contradiz os esforços que ele tem promovido para construir um sistema judicial mais aberto.

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