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Ponta do iceberg

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Lauro Jardim
O Brasil jamais saberá com exatidão a quantidade de infectados pelo coronavírus, visto que uma parcela significativa da população não será testada. Hoje, o Ministério da Saúde estima que, ao final da pandemia, apenas 14% dos casos de Covid-19 terão sido identificados.
Logo ali.
Falta pouco para o sistema de Saúde do país estressar, como diz Luiz Henrique Mandetta. Pelas projeções do ministério, vai começar a faltar leitos para atender todo mundo em aproximadamente 15 dias.
A quem de direito
Deve-se à autoridade do general Braga Netto o tom moderado do discurso em rede nacional de Jair Bolsonaro na noite de terça-feira. A volta aos ataques de sempre já na manhã seguinte deve-se a Bolsonaro mesmo.
Bolsonaro E.C.
“Bem-vindo ao clube”. Foi com essa saudação que o ministro Luiz Eduardo Ramos, um bombeiro instalado no Palácio do Planalto, tentou tranquilizar Henrique Mandetta, logo após de Bolsonaro dizer que faltava “humildade” ao ministro da Saúde, com quem “está se bicando há muito tempo”. Ramos recordou para Mandetta o dia em que foi surpreendido por Bolsonaro que, numa entrevista, o chamou de “inexperiente e imaturo”.
Com um aliado
A decisão do senador Eduardo Braga de assinar a proposta de prorrogação da CPI das Fake News não passou batida no Palácio do Planalto. “Ingrato” foi o mais leve dos adjetivos usados. Motivo: além de ter sido um dos campeões de emendas parlamentares liberadas em 2019, Braga tem cargos no governo. É indicação dele, por exemplo, a presidência da Eletronorte, ocupada por Roberto Parucker.
Fora de área
Jair Bolsonaro, um aficionado pela rede social, não está dando conta das demandas via WhatsApp. Desde que começou a pandemia, passou a demorar muito mais para visualizar mensagens. Os aliados, acostumados a receber retorno presidencial quase de imediato, vira e mexe ficam sem resposta, algo raríssimo até outro dia. Quem diria…
Linha cruzada 
Eduardo Bolsonaro, antes da explosão do coronavírus, num bate-papo com um amigo, definiu da seguinte maneira a comunicação do governo: “uma droga”.
Sem graça nenhuma
Completou cem dias na quinta-feira o atentado a bomba na sede do Porta dos Fundos. E nada de as investigações sobre o ataque terem algum sinal de desfecho. O único criminoso identificado é Eduardo Fauzi, que fugiu para Moscou e lá está até hoje. Apesar de a Justiça ter decretado sua prisão e seu nome ter sido incluído na lista da Interpol, o Itamaraty não pediu sua extradição – embora tenha sugerido que o faria. Os outros dois envolvidos no crime continuam com a identidade desconhecida. Fauzi está na Rússia com visto de turista e diz que se mantém no país com a ajuda da mãe de seu filho – que é russa – e com contribuições feitas por integralistas que mantêm contato por grupos de Telegram. Sua defesa pediu asilo político e aguarda o julgamento de um pedido de habeas corpus pelo TJ-RJ.
A hora do chute 
De um dos mais experientes banqueiros do Brasil, quando questionado na semana passada a respeito da validade das projeções do dólar para dezembro: “Eu ficaria feliz se conseguisse saber quanto estará o dólar depois de amanhã”.
Assim, não
A Caixa continua sendo uma pedra no sapato da Odebrecht. Agora, se posicionou contra a venda da Linha 6 do Metrô de São Paulo, que tem a Odebrecht Transport (OTP) como sócia. A Caixa avalia que a transação apenas vai gerar recursos (de R$ 235 milhões) para a recuperação judicial da Odebrecht – e os acionistas da OTP, entre eles, o FI-FGTS, gerido pela Caixa, ficariam sem um real dessa grana.
Em ritmo lento
Não se sabe se o motivo é o estado de negação permanente de Jair Bolsonaro ou o acúmulo de outras providências a serem tomadas. O fato é que a equipe econômica acordou tarde para as ações urgentes junto às indústrias, para que elas adaptassem suas linhas de produção a fim de fabricar materiais hospitalares essenciais no enfrentamento do colapso que se avizinha. A interlocução com vários setores industriais para a produção de respiradores pulmonares, luvas, máscaras, aventais, álcool em gel etc. andou a passos de cágado. Somente na quinta-feira passada, por exemplo, houve uma reunião com o setor de bebidas. O governo quer saber como as grandes empresas podem virar o eixo de suas linhas de produção para que dali saiam equipamentos de proteção individual em vez de bebidas.
Não rola 
Mesmo na hipótese de a economia brasileira começar a ver luz no fim do túnel em agosto, nenhum dos IPOs (abertura de capital em bolsa) programados para este ano sairá.
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