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População costeira, internet e celular crescem no RN

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Quase metade (49,9%) da população do Rio Grande do Norte residia, no ano de 2007, em áreas costeiras. No comparativo com o ano 2000, a população nessa área geográfica cresceu 178.219. Esse incremento elevou o Estado à terceira maior taxa proporcional do Nordeste, quando comparada à população total do RN, e muito superior àquela registrada para a população brasileira e região Nordeste, onde o IBGE depurou taxas de 24% e 38% respectivamente. A maior concentração está em Sergipe (51,8%) e Ceará (50,9%). No Brasil as maiores concentrações estão no Amapá (88,5%) e Rio de Janeiro (82,7%).

Praia de Búzios, no Litoral Sul: uma minicidade sem saneamento e com problemas de segurançaO fator preocupante, de acordo com a análise feita pelos técnicos do IBGE, é que esse adensamento ocorre de forma concentrada em alguns pontos da costa e, quase sempre, está associada à carência de saneamento ambiental. Entre as implicações ressaltadas estão o comprometimento da qualidade da água, no litoral, prejuízos à pesca e atividade turística.

O saneamento básico volta a ser motivo de abordagem por parte do IBGE, que ratifica o baixo grau de acesso ao serviço no Rio Grande do Norte, onde no ano de 2008 apenas 21,8% dos moradores em domicílios particulares contavam com o serviço. Na faixa costeira do RN, não só as cidades, mas as praias usadas como refúgio da classe média na alta estação turística enfrentam problemas estruturais. Búzios, no município de Nísia Floresta, Litoral Sul,  cresceu a um ritmo alucinante na década de 1990. Não há alternativa para escoar as águas servidas nem os dejetos, que são colocados em fossas sépticas, poluindo o lençol freático. Nos últimos anos, os veranistas foram surpreendido por ações de bandidos, que invadiam casas para roubar os veranistas.

Na análise dos aspectos sociais, destaque para o grau de desigualdade social no Rio Grande do Norte, onde a pesquisa mostra que o Rio Grande do Norte detinha (em 2008) “um dos mais desiguais índices da região Nordeste”: 0,543 no índice Gini. Com maior concentração de renda quando comparado aos demais estados da região (0,539), ou média brasileira (0,531). O índice Gini varia de zero, situação de perfeita igualdade, a 1 [situação de desigualdade máxima]. O Estadio detém, por outro lado, o maior rendimento médio do Nordeste (R$ 744,00), mas ainda abaixo à média brasileira, de R$ 1.019,00.

No campo da educação, o retrato feito pela pesquisa no ano de 2008, mostra uma imensa deficiência quanto ao grau de escolaridade da população norte-riograndense. Situações extremas de uma taxa de escolaridade para pessoas de 7 a 14 anos de idade, de 93,4% bem distante àquela obtida na faixa etária dos 20 a 24 anos (apenas 19,3%). A média de anos de estudo — seis anos — estava abaixo à média nacional (de sete anos).

Quanto à habitação, a pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável constatou que apenas 36% dos domicílios do RN eram considerados adequados para moradia. Ou seja, atendiam aos critérios de possuir até dois moradores por dormitório, rede geral de água e de esgoto, ou fossa séptica e coleta de lixo direta ou indireta.

Destaca-se também para o Rio Grande do Norte o número de pessoas com acesso aos serviços de telefonia e Internet, como um dos indicadores do nível de desenvolvimento  das telecomunicações. Em 2008, o Estado estava em segundo lugar no Nordeste em densidade telefônica em serviços fixo comutado e móvel.

Para cada 1 mil habitantes, 181 possuíam acesso ao serviço fixo comutado contra 731 em telefonia móvel celular. O acesso à Internet, que em 2005, estava em 7,2% dos domicílios potiguares aumentou para 13,4%.

Dados do IBGE mostram redução de homicídios

O governador Iberê Ferreira comemorou os números que mostram redução na taxa de mortalidade por homicídios no Rio Grande do Norte.   De acordo com o IBGE, a taxa de homicídios no Estado está abaixo da média da região Nordeste e do Brasil. Enquanto no RN o índice é de 19,1 para cada 100 mil habitantes, no Nordeste a média sobe para 29,6 e no Brasil fica em 25,4.  “Esses resultados são o reflexo da política de segurança pública que o Governo do Estado tem adotado para garantir o bem-estar da população”, observou o governador Iberê Ferreira.

Os números refletem os casos registrados no ano de 2007. Naquele ano, os Estados que lideravam a taxa de mortes por homicídios eram Alagoas (59,5 por 100 mil), Espírito Santo (53,3) e Pernambuco (53,0). As menores taxas estavam em Santa Catarina (10,4), Piauí (12,4) e São Paulo, que passou de 28,5 em 2004 para 15,4 por 100 mil em 2007.

Em julho passado, números do ITEP (Instituto Técnico e Científico de Polícia) e do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), órgão da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, também apontavam queda no número de homicídios no Estado. Segundo os dois órgãos, o número de homicídios no RN caiu 34% em comparação com igual período de 2009 e 11% em comparação a março deste ano. Maior presença policial nas ruas de Natal e dos municípios da Região Metropolitana estariam reduzindo os índices de criminalidade no Rio Grande do Norte.

Moradias

Rio (AE) – Em 2008, quatro em cada dez domicílios brasileiros eram inadequados, ou seja, não tinham algum dos indicadores considerados essenciais para a moradia. Entre as condições consideradas essenciais pelo IBGE, estão densidade de até duas pessoas por dormitórios; acesso à rede de esgoto, ou possibilidade de fossa asséptica; acesso à rede geral de abastecimento de água; e coleta de lixo. Em 2008, eram 25 milhões de domicílios nesta situação. No entanto, o IBGE informou que, em termos porcentuais, 57% dos domicílios brasileiros poderiam ser considerados adequados para moradia. Na comparação com o cenário mostrado em 1992, houve um avanço: naquele ano, apenas 36,8% dos domicílios eram considerados adequados.

RN se destaca no setor econômico

Nos últimos 14 anos, o Produto Interno Bruto   per capita do Brasil cresceu 21,7%, e saltou de R$ 4 441,00 (1995) para R$ 5.405,00 em 2009. É o que mostrou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua pesquisa “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável”, referente ao ano de 2010. Segundo o instituto, as maiores taxas anuais de crescimento do PIB per capita foram apuradas nos anos finais da série, com exceção de 2009, quando os efeitos da crise internacional afetaram o desempenho da economia brasileira.

O instituto revela que, em 2009, influenciado pela crise global, o PIB per capita do País caiu 1,17% em relação a 2008, quando registrava R$ 5.469. Dados de 2007 disponibilizados pelo IBGE na publicação mostram que a região com o maior PIB per capita do País é a Sudeste (R$ 19.277,00). O  Nordeste (R$ 6. 749,00) tem menor.

Entre as unidades federativas do Brasil, o destaque positivo ficou com o Distrito Federal, o maior PIB per capita do País (R$ 40.696,00), quase o dobro do Estado de São Paulo (R$ 22.667, 00), que obteve o segundo lugar. O Estado com o menor PIB per capita do País foi o Piauí (R$ 4.662,00); seguido por Maranhão (R$ 5.165,00); Alagoas (R$ 5.858,00); Paraíba (R$ 6.097, 00); e Ceará (R$ 6.149,00).

O Rio Grande do Norte é o terceiro estado nordestino com maior saldo comercial e Produto Interno Bruto (PIB) per capita, indicando um fortalecimento da economia potiguar ao longo dos últimos anos.

O primeiro item econômico apresentado pelo IBGE foi a Balança Comercial, que considera os valores das exportações e importações. Nesse quesito, o Rio Grande do Norte obteve o  terceiro melhor resultado entre os nove estados nordestinos, com um saldo comercial de US$ 108 milhões (aproximadamente R$ 186 milhões).

Melhores resultados na região Nordeste foram atingidos apenas por Bahia e Alagoas, que tiveram saldo comercial de R$ 3,9 bilhões e R$ 1,2 bilhão, respectivamente. Os demais estados do Nordeste tiveram saldo comercial negativo em 2009, devido aos efeitos da crise  internacional na economia brasileira, principalmente, no primeiro semestre do ano passado.

O órgão considera que os componentes do indicador refletem as mudanças nos termos de troca e competitividade  internacional. Dessa forma, a Balança Comercial é um importante  indicador para análise  das relações entre economia do RN com o resto do mundo.

O outro ponto ligado à economia apresentado pela pesquisa é o Produto Interno Bruto (PIB), que em 2007 – ano mais recente considerado para o cálculo –  alcançou o total de R$ 22,9 bilhões no Rio Grande do Norte. Em relação ao PIB per capita, o RN registrou  R$ 7,6 mil, deixando o estado com o 3º melhor resultado da região Nordeste, sendo superado apenas por Sergipe, com PIB per capita de R$ 8,7 mil, e Bahia, com R$ 7,7 mil.

Comparando o PIB per capita registrado no Rio Grande do Norte, nota-se um crescimento de 65% entre os anos de 2003, quando o valor era de R$ 4,6 mil reais, e 2007. Além disso, houve crescimento de 13% em relação a 2006, ano em que o Produto interno Bruto per capita potiguar foi de R$ 6,7 mil.

De acordo com o supervisor de disseminação de informações do IBGE no Rio Grande do Norte, Ivanilton Passos, o crescimento no PIB do Rio Grande do Norte é um indicador positivo, com a ressalva de que, isoladamente, isso não é sinônimo de que a maioria da população potiguar está se apropriando de uma maior riqueza.

Passos explica que uma das causas desse crescimento é a grande produção de petróleo do estado. “Assim, há uma concentração de renda nos municípios produtores, uma minoria entre as 167 cidades norte riograndenses, ao lado de Natal, que é a capital do estado”, completa.

Pesquisa
Quarta publicação da série Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, a IDS Brasil 2010 foi lançada na manhã de ontem, dando continuidade às publicações dos anos e 2002, 2004 e 2008. Com o objetivo de disponibilizar um sistema de informações para o acompanhamento da sustentabilidade do padrão de desenvolvimento do Brasil, a pesquisa conta com uma gama de 55 indicadores, todos revistos e atualizados a cada edição.

Além do indicador econômico, estão incluídas as dimensões ambiental, social e institucional, em uma apresentação que segue o que foi proposto pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas.

Para o órgão, os indicadores de sustentabilidade viabilizam o acesso integrado às informações já disponíveis sobre temas relevantes ao desenvolvimento, assim como apontam a necessidade de geração de novas informações.

Floresta amazônica perdeu 15% de sua área original

Brasília (AE) – Apesar da redução do ritmo de desmatamento na Amazônia nos últimos cinco anos, a área total derrubada já representa 15% da floresta original. O processo acentuou-se nas últimas quatro décadas e foi concentrado nas bordas sul e leste da Amazônia Legal, o chamado Arco do Desmatamento. É o que mostrou A pesquisa do IBGE. Segundo o instituto, após um período de crescimento quase contínuo da taxa de desflorestamento entre 1997 e 2004, quando atingiu um pico, os valores para 2009 indicam que a área desmatada representa um terço do que foi verificado no ano de 2004.

No período de 2007 a 2009, houve queda de 63% dos focos de queimadas e incêndios florestais no País, de 188.656 para 69.702, seguindo a tendência de queda nas taxas de desflorestamento da Amazônia. O dado é importante porque a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera no País é a destruição da vegetação natural, com destaque para o desmatamento na Amazônia e as queimadas no Cerrado. A atividade representa 75% das emissões brasileiras de CO2, responsável por colocar o Brasil entre os dez maiores emissores de gases de efeito estufa.

 Em 36 anos (de 1970 a 2006), o território usado para pastagens plantadas aumentou duas vezes e meia. As pastagens já existentes, chamadas naturais, caíram 53,4%, no mesmo período. De acordo com a publicação do IBGE, a redução das pastagens naturais e o incremento nas pastagens plantadas indicam uma intensificação da pecuária brasileira, especialmente nas Regiões Sul e Sudeste.

Segundo os indicadores, 39% do território brasileiro é ocupado por estabelecimentos agropecuários. Outro indicador importante quanto ao desenvolvimento sustentável do uso da terra mostra que as matas plantadas cresceram (de 0,2% para 0,6%), mas ainda não chegam a 1% do total do território.

Já a cobertura original do Cerrado foi reduzida praticamente à metade no País, de 2.038.953 km² para 1.052.708 km², com área total desmatada de 986.247 km² (48,37%) até 2008. Somente entre 2002 e 2008 foram destruídos 85.074 km2 (4,18% do total).

De acordo com levantamento do IBGE, os Estados que apresentaram maior área desmatada no período, em termos absolutos, foram Mato Grosso (17.598 km²), Maranhão (14.825 km²) e Tocantins (12.198 km²). As taxas de desmatamento no bioma são mais altas que as apresentadas para a Floresta Amazônica, o que implica “medidas urgentes de proteção”, diz o IBGE. Até 2002 houve tendência de aumento de áreas desmatadas do Sul e Sudeste, principalmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Reciclagem de alumínio se mantém alta 

Rio (AE) – As latinhas de alumínio são o material mais reciclado do País, e o índice de reciclagem deste tipo de produto supera 90% do total produzido no Brasil há cinco anos. De acordo com o instituto, em 2008, a proporção de material reciclado era de 91,5% em 2008, um porcentual considerado elevado, mesmo na comparação com outros países.

Segundo o analista da pesquisa Judicael Clevelario Junior, de uma maneira geral, o porcentual de reciclagem tem crescido nos últimos anos em quase todos os materiais, mas nenhum índice de reciclagem supera o das latas de alumínio. A partir de 2004, o índice de reciclagem deste tipo de produto não mais ficou abaixo de 90%, passando de 95,7% naquele ano para 96,2% em 2005; para 94,4% em 2006; e para 96,5% em 2007 – sendo que, em 2008, o indicador de reciclagem das latinhas atingiu o menor patamar desde 2003. “Mas isso não significa que tenha ocorrido algo em 2008; o porcentual de reciclagem oscila a depender do preço do material a ser reciclado”, disse.

Na prática, as oscilações no índice de reciclagem de latas de alumínio bem como o menor interesse em reciclar outros tipos de material são causadas pela ausência de uma política, no tema, voltada para coleta seletiva. “A reciclagem do Brasil não é baseada em coleta seletiva e sim no trabalho de catadores”, explicou o analista. Por isso, o índice de reciclagem de cada matéria prima estaria estreitamente ligado ao preço que o material pode alcançar no mercado. Ou seja: os materiais com preço mais elevados, como as latinhas de alumínio, atrairiam maior interesse dos catadores, que com seu trabalho ajudam a elevar o índice de reciclagem deste tipo de produto.

Os índices de reciclagem relacionados a outros tipos de material, excluindo as latas de alumínio, não superam os 60%.

Aumenta a concentração de ozônio

 A análise da poluição do ar em áreas urbanas mostra um crescimento da concentração de ozônio. Nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e de São Paulo o nível chega a quase o dobro do padrão estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) 300 microgramas/m3 e 279 microgramas/m3, respectivamente.  Já a concentração de poeira, que caiu em São Paulo na década, é alta no Distrito Federal, provavelmente em virtude das queimadas no entorno da capital Brasília. Para a maior parte das regiões metropolitanas, a maioria dos poluentes apresenta tendência estacionária ou de queda das concentrações.

O levantamento mostrou ainda que, após vários anos de queda, com valor mínimo em 2006, houve aumento no consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio no País em 2007 e 2008. O IBGE alerta que, apesar de o Brasil ter superado metas internacionais de consumo de compostos com maior potencial de dano (como o clorofluorcarbono, ou CFC), houve aumento do consumo de compostos menos danosos nos últimos anos. A partir de 2006, os HCFCs, ou hidroclorofluorcarbonos, que são gases usados como fluídos refrigerantes em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado, se tornaram as principais substâncias destruidoras da camada de ozônio em uso no Brasil.

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