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População se revolta e prefeito foge da cidade

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Salvador (AE) – Uma onda de protestos contra a violência em Valença, cidade litorânea a 255 quilômetros ao sul de Salvador, levou o prefeito da cidade, Ramiro Campelo de Queiroz (PR), a fugir e procurar abrigo na capital baiana. As manifestações começaram na tarde de quinta-feira (24), na frente da Câmara Municipal. O estopim foi a demora para a liberação para sepultamento do corpo de um jovem de 25 anos que havia sido assassinado dentro de casa, durante um assalto, na noite anterior.

Revoltada, a população passou a cobrar das autoridades mais segurança e a contratação de médicos-legistas. Em seguida, manifestantes atearam fogo em pneus nas ruas centrais, quebraram vidros e portas de lojas, da câmara e da prefeitura, além de fazer saques em pelo menos dez estabelecimentos comerciais – alguns deles de propriedade da família do prefeito, que tem uma concessionária de veículos e uma rede de lojas de móveis e eletrodomésticos.

Temendo sofrer ataques em casa – um imóvel térreo de muros baixos -, Queiroz pediu escolta policial e deixou a cidade junto com a família, rumo a Salvador, pelo ferryboat. Segundo a delegada Glória Isabel Santos Ramos, da 5ª Coordenadoria Regional da Polícia Civil (Coorpin), responsável por Valença, as manifestações foram contidas ainda na noite de quinta-feira (24). Três pessoas foram detidas em flagrante, por furto. Os objetos, segundo a polícia, foram recuperados.

Valença registra índice de homicídios semelhante ao de Salvador, em torno de 60 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, e as notificações têm mantido ritmo crescente. Em janeiro, foram 11 assassinatos, ante sete no mesmo período do ano passado.

Segundo o Mapa da Violência 2011, a Bahia foi o segundo Estado onde o número de homicídios mais avançou no País entre 1998 e 2008, com aumento de 237,5%, atrás apenas do Maranhão (297%). No período, o Estado saltou da 22ª posição entre os mais violentos,  para a oitava posição.

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