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Porta-voz de Kadafi é capturado perto de Sirta

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Sirta (AE) – O porta-voz do líder líbio Muamar Kadafi, Mussa Ibrahim, foi capturado ontem nas proximidades da cidade natal do coronel, Sirta, informaram comandantes de campo do novo regime à agência France Presse. “Combatentes de Misurata entraram em contato conosco e nos informaram que Moussa Ibrahim foi capturado”, disse Mustafa bin Dardef, integrante da brigada Zintan, do Conselho Nacional de Transição (CNT).

Outro comandante, Mohammed al Marimi, disse que “Moussa Ibrahim foi capturado quando dirigia nas proximidades de Sirta, por combatentes de Misurata”. Ele disse que há relatos indicando que Ibrahim estava vestido de mulher, mas não pôde confirmar a informação. Ibrahim era a voz pública do regime de Kadafi até os combatentes do CNT tomarem Trípoli em 23 de agosto. Apesar de ter fugido da capital com o líder deposto, ele continuou a transmitir comunicados por meio da emissora síria de televisão Al Ray, a partir de um local desconhecido.

Na semana passada, Ibrahim fez um apelo contra “agentes e traidores”, denunciou o que chamou de “genocídio” perpetrado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e seus “agentes líbios” e criticou a comunidade internacional por sua “falta de ação”.

Na França, onde estava em visita oficial, o primeiro-ministro do Níger, Brigi Rafini, disse que o país não pretende enviar Al-Saadi, filho do coronel Muamar Kadafi, para que seja julgado na Líbia. Um porta-voz da presidência do Níger disse ontem que Al-Saadi está em prisão domiciliar na capital do país, Niamey, depois de ter fugido da Líbia no início do mês pelo deserto que separa os dois países.

A Interpol já emitiu alertas vermelhos para Muamar Kadafi e para seu filho Seif al-Islam Kadafi, tendo como base um pedido do Tribunal Penal Internacional. Os dois são acusados de crimes contra a humanidade.

A agência internacional de polícia disse em comunicado que havia emitido um alerta vermelho para Al-Saadi Kadafi, baseado no pedido do Conselho Nacional de Transição da Líbia. Trata-se da primeira vez que a Interpol emite um alerta a pedido do novo governo líbio.

Segundo a Interpol, o alerta teve como base a acusação de que Al-Saadi Kadafi, de 38 anos, apoderou-se indevidamente de propriedades e participou de “intimidação armada” quando liderou a Federação Líbia de Futebol.  Ele também foi comandante das forças especiais e está sujeito a sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) por comandar unidades militares envolvidas na repressão aos manifestantes.

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