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Lydia Medeiros

Partidos cobiçados por todos os candidatos ao Planalto do chamado “centro”, DEM, PP, PR, Solidariedade e PRB decidirão juntos a quem darão apoio na eleição presidencial, afirmou o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Negociam com o bloco Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Podemos). Há duas condições impostas ao escolhido: a vaga de vice e o apoio à reeleição de Rodrigo Maia, em 2019, para presidente da Câmara. Hoje, a tendência é uma aliança com Alckmin, mas a decisão ficará para o fim de julho. Caso a parceria ocorra com Ciro Gomes, o PR ficará de fora, por desavenças entre Ciro Gomes e o comandante do partido, Valdemar Costa Neto. Para os candidatos, o ativo mais valioso são os cerca de seis minutos que esses partidos dispõem no horário de propaganda na TV. E uma bancada que hoje soma 165 deputados, essencial para a aprovação de reformas. Hoje, o namoro prossegue, com um encontro entre Ciro Nogueira e o ex-governador Marconi Perillo, coordenador da campanha tucana.

Fato novo
O PT vai usar o indiciamento do ex-procurador da República Marcello Miller para pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a instalar a CPI das Delações. Miller é acusado pela Polícia Federal de corrupção passiva no âmbito das negociações do acordo de delação premiada dos executivos da J&F com a Procuradoria-Geral da República. Depois da repercussão negativa, vários deputados retiraram a assinatura para a criação da comissão. O líder do PT, Paulo Pimenta (foto), alega, porém, que, segundo o regimento, não há mais tempo para desistir do apoio.

Causa comum
Geralmente em conflito com o PT, por ser afinado com o Planalto, o líder do PP, Arthur Lira, foi aplaudido de pé pela bancada petista na Câmara, enquanto defendia a instalação da CPI das Delações. No discurso, tentou argumentar que os deputados não querem acabar com a Operação Lava-Jato, mas apenas investigar suposta “desvirtuação” de escritórios de advocacia.

Em nome do pai
Com o pai preso há mais de um ano, o deputado Marco Antônio Cabral (MDB-RJ) apresentou projeto de lei ontem que altera a Lei de Execuções Penais e pode beneficiar diretamente o ex-governador Sérgio Cabral. A proposta aumenta de um para quatro dias a redução da pena a cada 12 horas de frequência escolar. No fim do ano passado, Cabral, condenado há mais de cem anos de prisão, foi aprovado no vestibular do curso de Teologia. O deputado também propõe o abatimento da pena em quatro dias “pela leitura de livro ou obra literária científica, filosófica ou religiosa”. Hoje, os juízes têm concedido este benefício com base em recomendação do Conselho Nacional de Justiça. “Acreditamos que o principal objetivo do Direito Penal é a ressocialização do apenado e não seu sofrimento em razão de um erro cometido”, afirma Marco Antônio Cabral na justificativa do projeto.

Jeitinho
Com o término da intervenção militar no Rio de Janeiro previsto para 31 de dezembro, o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública) vai apresentar uma alternativa para manter a presença do Exército no Estado. Como o maior entrave à continuidade da intervenção é a proibição de o Congresso modificar a Constituição — uma prioridade de todos os candidatos à Presidência —, Jungmann defende uma “intervenção branca”: um general poderia assumir a Secretaria de Segurança estadual, e as tropas ficariam no Rio de Janeiro por meio de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O ministro tem convicção de que o próximo governador fluminense não estará disposto a abrir mão de um reforço de 25 mil militares no combate à criminalidade.

Trabalho em pauta
Um ano após a aprovação da reforma trabalhista, as mudanças serão alvo de uma série de debates pelo país, as “Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho”. Serão 16 eventos em capitais. Para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca, que dá apoio institucional ao evento, a reforma foi uma “ação estratégica” de um “governo reformador” e precisa ser explicada à sociedade. A legislação é alvo de 26 ações no STF.

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