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Porto de Natal exporta safra 2018

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A temporada de exportação das frutas produzidas no Nordeste está em curso e o movimento de contêineres no pátio do Porto de Natal, administrado pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), aumentou. O presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex/RN), Luiz Roberto Barcelos, que também é diretor-presidente da Agrícola Famosa, estima ampliação da produção em 5% para a safra de 2018 em relação ao ano passado. Em 2017, somente a Agrícola Famosa despachou 8.455 contêineres a partir do Porto de Natal para diversos países da Europa.

Pátio do Porto de Natal, na Ribeira, está tomado de contêineres com frutas que serão levados para mercados consumidores na Europa


Pátio do Porto de Natal, na Ribeira, está tomado de contêineres com
frutas que serão levados para mercados consumidores na Europa

Outros três estados – Bahia, Ceará e Pernambuco – também escoam frutas pelo terminal marítimo potiguar. Com isso, o Porto de Natal é reconhecido como o “Porto das Frutas do Brasil”. Iniciado na primeira quinzena deste mês, o processo de colheita da safra de fruticultura irrigada segue até fevereiro de 2019. A fruta mais vendida para o mercado internacional é o melão, representando cerca de 85% do fluxo das exportações. A melancia e o mamão, cultivados em solo potiguar, se destacam entre os produtos que embarcam rumo aos mercados na Europa e Oriente Médio.

O Porto de Natal ainda recebe frutas produzidas no Ceará e do Vale do São Francisco na Bahia e em Pernambuco – de onde vem uva e manga. “O Porto de Natal foi o que mais exportou frutas no País. E quando a estrutura do porto for ampliada, teremos capacidade para exportar ainda mais”, declarou Luiz Roberto Barcelos. Ao longo do ano passado, a Agrícola Famosa embarcou aproximadamente 200 mil toneladas de frutas, o que representa cerca de 60% de tudo o que a empresa produz. As vendas para o mercado europeu, principalmente, movimentaram cerca de R$ 350 milhões.

“Como não tivemos uma ampliação significativa da área cultivada, a expectativa para este ano é que haja 5% de crescimento com relação à safra anterior”, detalhou Luiz Roberto Barcelos. Ele acrescentou que o resultado reflete a queda dos preços no mercado externo “que não está grande coisa. Como mandamos muita fruta para a Europa nos últimos três anos, mais do que estavam querendo, tivemos uma redução no valor da tonelada exportada”.

O empresário disse que o mercado interno está desaquecido, e que há a possibilidade dos resultados superarem essas projeções com base em um câmbio mais favorável para as exportações. Barcelo contou que, no continente europeu, o maior cliente da Agrícola Famosa é a Inglaterra, seguida da Holanda e da Espanha – Portugal, Alemanha e França também estão na lista, mas com volumes menores de importações.

Além de melão, melancia e mamão, a Agrícola Famosa ainda produz banana, maracujá silvestre e aspargos nos 30 mil hectares irrigados que a empresa mantém em quatro estados do Nordeste – Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco e Ceará – 11 mil hectares são exclusivos para a produção de melão e melancia. “A escolha do Rio Grande do Norte foi estratégica, água demais não são positivas para a cultura dessas frutas”, disse Barcelos.

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