sábado, 20 de abril, 2024
28.1 C
Natal
sábado, 20 de abril, 2024

Pra sempre Star Wars

- Publicidade -
Alex Medeiros
Registrar e comemorar os 45 anos de lançamento da primeira aventura de Star Wars é muito mais do que alimentar o merecido culto à saga de George Lucas. É também a oportunidade para lembrar os acontecimentos daquele ano de 1977, que, inseridos no contexto do advento do filme, expõem a concentração de energia astral que certamente auxiliou na mitificação da obra cinematográfica que já acumulou quase meio século de sucesso incontestável.
Minha geração estava atingindo a idade fantástica dos 18 anos, a maioridade que era sonho de consumo desde os primeiros sinais da puberdade, o tempo de empinar o nariz e segurar as rédeas do próprio destino. E o que fez de Star Wars uma experiência única foi a mística de aventura espacial com um desfile de monstros, mas que ao invés de violência e sangue era um show de fantasia, um grande conto de fadas, uma lenda que parecia saída das revistas de HQ.
Remoendo suas próprias reminiscências cognitivas, Lucas jogou na tela as nossas fantasias enterradas em memórias recentes da infância que havíamos deixado há poucos anos e que estavam esquecidas desde a TV dos anos 60.
A força do filme era a narrativa pura na sua forma mais básica, a aventura mais conhecida da humanidade, presente nos livros de história e nos vários roteiros literários. Lucas exibia uma jornada, como as maiores dos grandes clássicos.
Nós, os milhões de espectadores no escurinho dos cinemas de 1977 – e depois de 1978 em diante – guardávamos na memória as melhores jornadas dos heróis e homens heroicos vencendo estradas de perigo e o desconhecido.
Star Wars exibia toda essa narrativa simples e ao mesmo tempo poderosa, transportada da vida terráquea para o espaço sideral. E ali nos conquistaram rapidamente personagens cheios de bravura e também de algumas fraquezas.
E numa cenografia que nenhuma obra ainda havia nos impactado visualmente; heróis e vilões cruzando o firmamento em naves improváveis e num efeito especial que empobrecia as lembranças de Flash Gordon, da família Robinson.
A magia de Star Wars estava, decerto, conectada com tudo o que foi 1977, o ano que nos levou embora Elvis Presley, a escritora Anais Nin, a cantora Maísa, o polêmico Carlos Lacerda. Mas que nos apresentou os anéis de Urano.
Naquele ano, enquanto o rei Pelé abandonava o futebol dizendo “love, love, love” em Nova York, um menino de 17 anos estreava na seleção da Argentina, chamado Diego Maradona. E Clarice Lispector lançava “A Hora da Estrela”.
Foi o ano em que o Boca Juniors ganhou a Libertadores vencendo o Cruzeiro e depois venceria o Mundial de Clubes contra o alemão Borussia Monchenglabdach; e Rocky um Lutador, de Silvester Stallone, ganhou o Oscar.
Na Candelária, nos corredores da UFRN e nas calçadas do Centro, minha tribo folheava cadernos culturais do JB e Folha em busca de notícias das turnês das bandas Queen, Led Zeppelin e Supertramp pelas cidades norte-americanas.
A energia espalhada por 1977 fez nascer o punk rock com a gravadora EMI assumindo praticamente a paternidade da banda Sex Pistols, talvez a preferida do “lado negro da força” representada na onda de calças e camisetas negras.
No lado branco, acho, estava a capa da revista Time com Jimmy Carter como homem do ano, enquanto um blecaute em Nova York provocava caos em total oposição ao glamour de Scorsese com New York New York e Liza Minnelli.
A banda Eagles (nome de nave da Nasa) explodiu nas paradas com Hotel California, enquanto a gente se esbaldava nas discotecas com Saturday Night Fever, o disco icônico do Bee Gees. E em Recife nascia o Galo da Madrugada.
Na Esquina do Rock, minha trincheira candelariana, alguém exibia a novidade do disco Animals, do Pink Floyd. Entre tantos bichos e coisas, 1977 foi o palco ideal para uma magia que se anunciava longeva. Viva a Guerra nas Estrelas.
Combustível
A maioria absoluta da Câmara Federal sintonizou com os anseios do presidente Jair Bolsonaro e aprovou com 407 votos o limite de 17% na cobrança do ICMS dos combustíveis e energia. O RN vinha cobrando até 29%.
Economia
O ministro Paulo Guedes rebateu de imediato o resmungo dos governadores que não querem limitar o ICMS. Lembrou que receberam recursos de R$ 500 bilhões do governo federal na pandemia: “despreparados, ingratos, militantes”.
Contra
Dos doze parlamentares que não votaram a favor do limite do ICMS, dois são do MDB, dois do PT, dois do PSB e mais dois do PDT, os partidos dos potiguares Walter Alves, Fátima Bezerra, Rafael Motta e Carlos Eduardo Alves.
Editorial TN
“Assiste-se a um torneio de retórica e a um embate meramente ideológico que reproduz a esterilidade do cenário na disputa nacional, com pautas sectárias e verborragia que disfarçam mal a falta de conexão com a vida cotidiana”.
É hoje
O mundo praticamente parou desde as primeiras horas de hoje com milhões de usuários acessando a Netflix para ver a quarta temporada da série Stranger Things. Há sete episódios disponíveis e outros dois entram em cartaz em julho.
Maverick
Top Gun 2 não só marca o retorno de Tom Cruise à aventura que o catapultou para a fama, mas se fixa como uma homenagem ao grande ator dos filmes de ação. A previsão na estreia era de faturamento acima dos US$ 130 milhões.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor.
- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas