A ex-chefe da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Carla Ubarana de Araújo Leal, está cobrando acesso ao relatório sobre o setor que comandou até o início do mês, quando foi exonerada da função comissionada. O relatório foi o motivo pelo qual a divisão foi fechada temporariamente e uma sindicância foi instaurada para apurar possíveis irregularidades, inclusive referentes a desvios de recursos. O advogado de Carla Ubarana afirma que, como servidora é parte investigada, é um direito da ex-chefe da Divisão de Precatórios ter acesso aos documentos.
Em documentos encaminhados ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e ao presidente da comissão que investiga as supostas irregularidades no setor, o advogado Felipe Cortez, que defende Carla Ubarana, informou que a ex-chefe de divisão está à disposição da Justiça para prestar os esclarecimentos necessários, logo termine o período de licença médica, que vai até o dia 31 de janeiro. Sem os documentos, o advogado garante que Carla Ubarana ainda não sabe qual o teor da investigação.
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“Ela não sabe do que está sendo investigada. O TJ não nos informa o que está sendo investigado. Eu sou advogado e tenho direito de acessar o relatório, mas ainda não recebi cópias do que foi apurado pela comissão de sindicância do TJ. Por isso eu não tenho o que falar”, explicou o advogado.
Para conseguir acesso aos documentos, a defesa da ex-chefe da Divisão de Precatórios protocolou, na terça-feira (24), pedidos formais ao desembargador Caio Alencar, que preside a comissão instaurada para a investigação interna, e ao Ministério Público, para que os dois órgãos concedam informações sobre a investigação a Carla Ubarana.
A ex-chefe da divisão está em Recife para tratamento médico e retornará a Natal na próxima semana.
