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Preconceito

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Francisco Diá não tem empresário, não é – e não tenho nada contra – da geração de treinadores “europeizados” e não tem papas na língua. Fala o que tem que falar para quem merece ouvir, o que incomoda algumas pessoas. Mas o grande desafio que Diá enfrenta – hoje bem menos – em alguns setores do futebol potiguar é o fato de ser daqui, de ter nascido aqui, de ter começado de baixo. Diá que hoje tem a missão de recuperar o orgulho do torcedor do América, conhece futebol como poucos, conhece futebol mais do que muito treinador “top”, tem conhecimento tático, leitura rápida de jogo, enxerga verdadeiramente futebol. O grande problema que veja no preconceito que alguns teimam em carregar contra Diá, está no RG. Se fosse de MG, SP, RJ, PE ou qualquer outro estado estaria de boa.

Corre contra o tempo
No América, Diá corre contra o tempo para, primeiro organizar taticamente a equipe que pela sucessão de trocas não tem, entrando na sexta rodada do Brasileiro, um padrão de jogo. Este é o primeiro desafio, padronizar taticamente o time rubro, embora não tenha no elenco jogadores que se enquadrem nas características que o treinador, prima que são força e velocidade. E é aqui que o torcedor consegue separar quem sabe “jogo”. Insisto que quando o treinador tem qualidade, tem conhecimento ele consegue através da arrumação tática superar eventuais deficiências técnicas. Nos dois próximos jogos do América, Cuiabá e Confiança, penso que será possível observar este tipo de evolução.

Lanterna na área
Quem imagina que o ABC terá uma molezinha amanhã no Frasqueirão, quando enfrenta o River, lanterna do grupo A com apenas dois pontos está enganado. O time comandado por Vica vem para o tudo ou nada, vem para jogar no erro do ABC na busca de reabilitação. Sabe aquele negócio de jogar “por uma bola” né? Pois é assim que vai ser o time piauiense no Frasqueirão. E Vica sabe organizar muito bem as equipes que dirige, que são sempre equilibradas entre os setores. Enfrentar o lanterna às vezes torna-se mais perigoso do que enfrentar um adversário que joga e deixa jogar e Geninho é matreiro, sabe como é que a banda toca.

Novidades no ABC
Até o fechamento da coluna, as novidades no ABC que joga amanhã ficam por conta da volta do meia Lúcio Flávio que cumpriu suspensão automática e da estreia de Fábio Gama na meia. Creio que nos demais setores, Geninho vai manter aquele mesmo time que vem jogando e que conseguiu dois resultados muito bons fora de casa. Encaixando seis pontos contra o River de Vica e depois contra o Cuaibá de Flávio Araújo, o ABC de Geninho consegue firmar uma campanha de briga dentro do G4.

Qualificação
Outro dia se levantou a discussão da oportunidade que o América está dando a alguns ex-atletas na comissão técnica e nas bases do clube. Importante do ponto de vista de incentivo, social e até de reconhecimento, mas não seria importante também que houvesse uma qualificação profissional desses ex-jogadores? Trabalhar nas categorias de base, especialmente nas bases exige muito mais do que saber jogar ou ter jogado futebol, ali é o primeiro passo, ali inicia todo o processo de formação.

AGAP e SAFERN
Entendo que neste ponto entidades como a AGAP e o próprio SAFERN poderiam entrar como parceiros em uma ação ampla de qualificação de ex-jogadores interessados em seguir trabalhando com futebol. Cursos de formação, estágios, profissionalização. Proporcionar que o ex-jogador ou aquele que está encerrando a carreira, tenha condição de assumir continuar trabalhando com futebol, mas de forma profissional. O clube simplesmente empregar, sem que exista capacitação, resolve muito pouco.

Clássico na Arena
Terceira rodada do Estadual Sub-19 começa hoje, três da tarde com América x ABC jogando na Arena das Dunas, uma iniciativa importante da FNF em parceria com a Arena e que tem proporcionado alguns jogos das bases em um estádio de Copa do Mundo, cujo custo é elevado. Já aconteceu na final do Sub-17 e hoje a parceria FNF/Arena repete a dose, o que mostra a valorização das categorias de base.

Sábado tem mais
Três da tarde no Barrettão, tem Globo x Alecrim, e quatro e meia, no Marizão, o Corintians recebe o Potiguar. A competição vale duas vagas para a Copa São Paulo do ano que vem.

Seleção Brasileira
Não sei se já é efeito Tite, mas o fato é que a convocação da Seleção Olimpica, tem maioria absoluta de jogadores que atuam no Brasil. Dos 18 convocados por Micale, 12 atuam em clubes brasileiros, e ai vejam que incoerência. Os mesmos que cobram valorização dos jogadores que atuam no Brasil, agora reclamam que os clubes serão desfalcados pela convocação. Ou uma coisa ou outra.

Unanimidade
Fernando Prass, que nos jogos Olímpicos terá 38 anos, é um goleiro que na minha opinião tem bagagem para ser titular da seleção principal. Vai dar o balanço e a maturidade que o Brasil precisa na competição.

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