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Preços de referência de energia caem 52%

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Rio – Os preços de referência de energia elétrica no mercado atacadista  registraram queda de 52% para os negócios que serão fechados na semana que vem,  segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O MWh na região  Sudeste/Centro-Oeste caiu para R$ 122,93, que será válido também para a região  Norte. Na região Sul, o preço caiu para R$ 124,75 (queda de 51,3% na semana)  e para R$ 126,30 no Nordeste (queda de 50,67%).

É a segunda semana consecutiva  de queda forte nos preços, sinalizando a forte recuperação no volume de água  nos reservatórios das grandes hidrelétricas.  Os preços atuais, porém, ainda estão muito acima dos observados em igual período  do ano passado, quando o MWh estava cotado a R$ 17,59. Em 2006 os preços no  Sudeste/Centro-Oeste e na região Sul estavam em R$ 85,64 por MWh e em R$ 45,04  no Norte e no Nordeste. Nos anos anteriores, os preços também estavam baixo,  situando-se em R$ 18,33 por MWh nos quatro submercados em 2005, R$ 18,59 em  2004 e apenas R$ 4,00 por MWh em 2003. 

Tradicionalmente os preços no mercado atacadista são mais baixos no período  de chuvas (até abril), devido ao excesso de água nos reservatórios. Como não  é possível estocar o “combustível”, o Operador Nacional do Sistema Elétrico  (ONS) tenta aproveitar ao máximo a geração através de hidrelétricas, até porque  é a energia mais barata no País. A partir de maio/junho os preços começam a  subir, dependendo da quantidade de água armazenada no período de chuvas.  Os dados do ONS indicam uma melhora no volume de chuvas na região Sudeste em  fevereiro, embora a seca permaneça no Nordeste e o volume de chuvas na região  Norte continue muito abaixo da média histórica.

Como o Sudeste concentra dois  terços do volume de água/energia armazenada no País, o País como um todo se  beneficia quando chove na região, já que é possível transferir energia entre  as regiões.   Os reservatórios do Sudeste subiram para 56,3% da capacidade máxima de armazenamento,  os do Nordeste para 35,2% e os do Sul para 62,1%, registrando folga em relação  aos níveis mínimos de segurança definidos pelo governo. A recuperação nas últimas  semanas foi facilitada pelas fortes chuvas nas bacias dos rios Grande e Paranaíba,  que concentram os maiores reservatórios.  Além de maior volume de chuvas, o setor foi favorecido pelo grande volume de  energia produzido pelas usinas térmicas nas últimas semanas. Pelos dados do  ONS, a geração das usinas térmicas convencionais atingiu 5.488 MW médios, o  que representou 10,48% do total consumido no País.

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