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Prédio em Mãe Luiza sofre com o abandono

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SEM VIGIA - O imóvel já teve parte de sua estrutura e instalações depredadas por marginais

Um prédio da Fundação de Apoio à Criança e ao Adolescente (Fundac) desativado há cerca de seis anos causa transtornos para os moradores em Mãe Luiza. Localizado na rua João XXIII, as estruturas do imóvel estão destruídas e as portas, telhas, fiação e equipamentos foram roubados. Já houve quem quisesse morar no local, mas foi retirado. Além disso, é ponto de consumo e venda de drogas e de prostituição.

Na época em que foi fechado, os moradores pediram pela volta da Fundação. “No local eram realizados cursos para a comunidade, além de executadas atividades para jovens infratores”, lembra a moradora Maria de Lourdes Olegária. O pedido porém, nunca foi atendido. Depois disso, a comunidade ainda tentou implantar uma creche no local, mas sem sucesso por falta de apoio. Até uns cinco meses atrás a Fundac ainda disponibilizava um vigia para o local, mas agora nem isso.

O prédio se encontra sujo, pichado, com plantas crescendo em locais impróprios, parte do muro derrubado e estrutura danificada. Aberto para qualquer pessoa entrar, muitos passam a noite ali de onde podem pular os muros para a creche Galdina Guimarães e para o abrigo de idosos Espaço Solidário Centro de Convivência. Esses dois locais já foram arrombados e roubados, levando alimentos, equipamentos e objetos pessoais.

Os moradores reclamam que, “em vez de deixar nesse descuido, o bairro precisa muito de policiamento e esse imóvel seria ideal para esse tipo de instalação”, afirmou Arlindo Ferreira, morador e dono de um bar na mesma rua. “Mãe Luíza tem assalto o tempo todo, principalmente aos estrangeiros que vêm visitar o farol. Alguém devia fazer algo para evitar tanta violência, e dar um fim a esse ponto tão central e perigoso no bairro, colocando uma creche no lugar ou doando à prefeitura para que algo fosse feito” desabafa o jardineiro Osmar Rodrigues, que trabalha em uma creche próxima.

A coordenadora do Programa de Proteção Especial da Fundação, Patrícia Vasconcelos, afirmou que desde o início do atual governo estadual já havia um abandono generalizado dos prédios da Fundac. Atualmente eles procuram fazer um trabalho construtivo e gradativo para a melhoria dos atendimentos de liberdade assistida e prestação de serviço social. Ou seja, estão realizando reformas, abrindo novos espaços mais adequados ao serviço, ajudando as comunidades.

“Para esse ano, uma de nossas prioridades é a reforma do imóvel de Mãe Luíza. Pretendemos retornar com o serviço comunitário de prestação de serviço e liberdade assistida, além de realizar atividades no bairro. Estamos também conversando com algumas entidades que mostraram interesse em montar um biblioteca no local”, finalizou Patrícia.

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