A prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP), informa que o 13º salário está em dia, “porque pagamos no mês de aniversário desde janeiro deste ano”. Segundo ela, pagou-se ainda o 13º os aniversariantes de novembro e de 50% de dezembro de 2016, que “não tinham recebido na gestão anterior”.
Rosalba Ciarlini afirma que, neste momento, os prefeitos entendem a situação que ela enfrentou
Segundo a prefeita, o percentual que resta é muito pequeno que restou da outra gestão, “mas tem sido um sacrifício muito grande, é uma luta imensa, porque é uma prioridade pagar os salários em dia”.
Rosalba Ciarlini explica que a questão não é só o pagamento do salário líquido: “A gente tem de pagar o salário bruto, com os encargos sociais, como a previdência e FGTS, porque na hora em que não se paga os encargos, vai para o Cauc, estando no Cauc não recebe recursos federais pra saúde, educação, pra tudo, então é uma bola de neve, mas estamos em dia até agora”.
Pela experiência que tem de quatro mandatos de prefeita em Mossoró, Rosalba Ciarlino diz que “os prefeitos agora estão entendendo o quanto, de certa forma, como foi crucifixada e pressionada, mal compreendida”, quando foi governadora do Rio Grande do Norte e começou a estourar a crise agora vivenciada pelos municípios, que também atinge os estados do país: “Eu nunca vi um momento como esse numa prefeitura, já passei por outros mandatos em momentos difíceis e de crise, mas como esse não”.
Prefeito de Patu e presidente da Associação dos Municípios da Região Oeste (Amorn), Rivelino Câmara (PMDB), diz que em alguns municípios, “como é o no caso do meu município e em outros no Oeste, que vem se pagando mensalmente, na dada do aniversário dos servidores”.
No entanto, o prefeito Rivelino Câmara ressalta que, “em compensação tem os fornecedores que estão com pagamentos atrasados há vários meses”, motivado pela queda de repasses de transferências constitucionais, como o FPM: “Eu mesmo não sei se fecho a folha de outubro e novembro, porque não temos reação da receita”.
Rivelino Câmara cita que, na região Oeste, cita que a prefeitura Olga Fernandes (DEM) ficou, somente este, com sete meses de FPM “zerado” no dia 10 e quatro meses no dia 20, datas com maiores dos três repasses financeiros previstos a cada mês.