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Prefeitos defendem PEC que prorroga mandatos

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Os prefeitos do Rio Grande do Norte estão decididos a fazer uma mobilização em defesa da Proposta de Emenda Constitucional que prorroga por dois anos os seus mandatos e dos vereadores. A PEC unifica as eleições no país e tem como implicação imediata transferir de janeiro de 2021 para o início de 2023 o encerramento dos atuais mandatos nos Executivos e Legislativos dos municípios. Com isso, não haveria eleição municipal no próximo ano.

Prefeitos lotaram auditório da Casa da Indústria, durante encontro com deputados


Prefeitos lotaram auditório da Casa da Indústria, durante encontro com deputados

#SAIBAMAIS#Em 2022, aprovada a PEC, o pleito seria para vereador, prefeito,  deputado estadual, governador, deputado federal senador e presidente da República. A partir daí, as eleições seriam unificadas e a cada cinco anos.

Um reunião nesta segunda-feira, convocada pela Femurn (Federação dos Municípios do RN), com a bancada federal se caracterizou como uma manifestação em defesa da PEC que prorroga os mandatos. O prefeito de Natal, Álvaro Dias (MDB), e a prefeita de Mossoró (PP), Rosalba Ciarlini, além do presidente da Femurn, José Leonardo Cassimiro de Araújo, destacaram que são favoráveis à emenda constitucional.

Os demais prefeitos e os vereadores que lotaram o auditório da Casa da Indústria também demonstraram que são a favor da mudança na Constituição, que implicaria uma permanência deles por mais dois anos nos cargos, o que totalizaria seis anos de mandato. Participaram da reunião de ontem mais de 100 prefeitos  e 200 vereadores.

“Sou favorável à PEC para unificação dos mandatos”, afirmou Rosalba Ciarlini. Ela alega que a mudança evitaria gastos, em 2020, com o fundo eleitoral e com a estrutura necessária para à votação nos municípios.

Álvaro Dias também defendeu a emenda constitucional. “Essa luta pela coincidência dos mandatos é de interessa de todos, dos municípios e da população”, disse. “A cada dois anos o país, os estados e os municípios param no período das eleições. Então, é preciso coincidir os mandatos. Isso seria salutar para evitar os obstáculos e contratempos dos períodos de campanha a cada dois anos”, alegou.

O argumento segundo o qual haveria uma economia de gastos com eleições municipais também é apontado pelos deputados federais que defendem a PEC.

Bancada
“O novo pacto federativo vai equilibrar a destinação dos recursos, com mais verbas para estados e municípios. Nós lutamos por isso. Antes, achávamos que seria utopia, mas essa é uma pauta importante e viável. Com relação à PEC 56, sou a favor pois, unificando as eleições, teremos economia de recursos que poderão ser destinados para a saúde, a segurança e a educação”, disse o deputado Walter Alves (MDB).

O deputado Beto Rosado (PP) também ressaltou, durante o encontro, que defende a emenda constitucional. Ele informou que o relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dará um parecer favorável à emenda.

O deputado general Girão (PSL) considera que a proposta deve ser discutida em um cenário de apreciação de uma reforma política, que avalia como “extremamente necessária e urgente”. “[Essa reforma] deve acabar com a reeleição, unificar as eleições, fazendo com que elas aconteçam a cada 5 anos, e também acabar com o Fundo Partidário”, defendeu. Apesar disso, ele apontou ser quase que impossível que essa PEC possa ser votada em 1º e 2º turno no Congresso Nacional, até outubro deste ano, prazo para entrar em vigor e prorrogar os atuais mandatos.

“A PEC 56 não é uma questão de agradar politicamente prefeitos ou vereadores, mas sim de economia de recursos. De acordo com estudos que embasam a proposta, a iniciativa pretende gerar uma economia de R$ 1 bilhão no próximo ano, apenas em relação ao primeiro turno”, avaliou Rafael Motta (PSB).

Fábio Faria (PSD) também afirma que é favorável. “Se tiver essa votação, votarei a favor, com certeza”, disse. Mas ele considera difícil a proposta ser pautada neste ano, “pelo fato de já ser público o posicionamento contrário do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), de alterar as regras das eleições no curso dos atuais mandatos”.

“Sou a favor da PEC 56, que prorroga os mandatos de prefeitos e vereadores no Brasil, para unificar as eleições gerais e as eleições municipais. A cada dois anos ter uma eleição é muito complicado, são muitos gastos”, disse a senadora Zenaide Maia (PROS). O senador Jean Paul Prates também concorda com o teor da PEC. “Sou favorável à unificação das datas eleitorais, mas defendo que venha acompanhada de uma ampla reforma política. É um prejuízo para o país eleições a cada dois anos”, ressaltou.

Álvaro Dias comentou que se forem cogitadas outra alternativa, que não seja a prorrogação dos atuais mandatos, para a coincidência das eleições, deve ser considerada. 

O senador Styvenson Valentim (Podemos) ainda não tomou uma decisão. Ele informou que só vai “estudar esse texto quando [a PEC] chegar ao Senado”. O senador acrescentou que “nada impede que apresente uma emenda ao projeto, propondo uma alternativa de equilíbrio”. “Elegeríamos os prefeitos em 2020, para um mandato de 1º de janeiro de 2021 até o dia 1º de janeiro de 2023. Gastaríamos apenas mais uma vez, entretanto é mais coerente, uma vez que os eleitos em 2016 terminariam seus mandatos no prazo já esperado, em 1º de janeiro de 2021; e os eleitos em 2020 já saberiam que só ficam no cargo até 1º de janeiro de 2023”, comentou.

Posicionamento da bancada federal do RN sobre a PEC:

Favoráveis:
Deputados Beto Rosado (PP), General Girão (PSL), Fábio Faria (PSD), Rafael Motta (PSB), Walter Alves (MDB), senador Jean Paul Prates (PT) e senadora Zenaide Maia (PROS).

Não decidiu o voto:
Styvenson Valentim (PODEMOS)

Não responderam:
Deputado João Maia (PL), deputada Natalia Bonavides (PT) e deputados Benes Leocádio (PSC), que está em tratamento médico.

Nenhum parlamentar da bancada do RN se declarou contrário à PEC .

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