Os prefeitos que participam desde ontem da 9ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, evento organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e que termina amanhã, vêem com cautela a minirreforma incluída na pauta da Câmara dos Deputados que prevê, entre outras coisas, votação do aumento de 1% sobre o percentual do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A expectativa da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) é que 60 prefeitos norte-rio-grandenses participem das discussões na extensa pauta proposta pela CNM até amanhã. O prefeito do município de Várzea, Antônio Genival de Carvalho, afirma que a proximidade com as eleições gerais do mês de outubro fará o Governo Federal ceder em algumas das principais reivindicações dos municípios.
“É claro que em um momento com esse o Governo abrirá mão de alguma coisa. O 1% (cerca de R$ 1,4 bilhão a mais) sobre o FPM, por exemplo, e o Fundeb são alguns desses pontos onde deveremos avançar. Mas tudo com a devida cautela”, afirmou. Os prefeitos potiguares que viajaram à capital federal preferem aguardar o cumprimento da promessa de votação dos projetos levados à Câmara Federal. O temor é que tudo não passe de promessa, como atesta o histórico dessas negociações nos últimos anos, quando o Governo Federal e os presidentes da Câmara prometeram e os interesses municipalistas não foram votados.
José Lins, prefeito de Currais Novos, também prefere o desfecho dos encaminhamentos da medida encaminhada à Câmara pelo Governo Federal que cria uma linha de financiamento destinada à aquisição de máquinas e equipamentos rodoviários. Uma carência comum à maioria das prefeituras, segundo o prefeito.
