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Prefeitura define local para shows

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NOVO LOCAL - Estrutura vai para o largo da Capela de pedraA Capitania das Artes decidiu acatar a recomendação do Ministério Público Estadual de não instalar o palco na Praça do Cruzeiro, durante o carnaval da Redinha, como solicitou parte dos moradores à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente. A promotora Rossana Sudário encaminhou ofício ao presidente do órgão público, Dácio Galvão, justificando que a estrutura atrai grande aglomeração e conseqüentes transtornos àqueles que residem no local.

O novo local foi definido pela Capitania das Artes e a montagem da estrutura que servirá às apresentações musicais começa amanhã. O palco, pela primeira vez, será instalado no largo próximo à capela da Redinha Velha (igreja de pedra), mesmo local onde no último final de semana ocorreu o Ensaio Geral.

A decisão divide os moradores da rua do Cruzeiro. A promotora destaca, no ofício encaminhado à Capitania das Artes, que os idosos e deficientes físicos são os principais prejudicados. O aposentado Manoel Garcia da Costa, 71 anos, ficou paralítico em função de uma “trombose”. O palco seria montado a cerca de 50 metros de sua residência, onde vive com dona Tereza Gomes de Almeida Costa, 76 anos.

O casal alega que não tem sossego durante o carnaval em função da proximidade do palco. O barulho do som, até tarde da noite, fez com que ambos fossem para a casa de um parente no conjunto Cidade Satélite, na zona Sul de Natal. Dona Tereza e seu Manoel residem na rua do Cruzeiro há 46 anos e dizem que as alterações da rotina em função do carnaval agravam o estado de saúde dos idosos. Eles são a favor da mudança de local.

A situação do também aposentado Carlos Luiz Guimarães, 71 anos, é semelhante. Ele é um dos moradores que organizaram um abaixo assinado enviado ao MP. A residência dele é exatamente em frente ao local onde seria armado o palco. “O inconveniente não é apenas o barulho. Mas a grande quantidade de pessoas que impedem, inclusive, nosso acesso à própria residência. No ano passado, por exemplo, tive que vir acompanhado por dois policiais militares para poder entrar em casa”, disse.

Carlos Guimarães lembra que certa vez estava com a esposa e um dos dois filhos na área de sua residência quando um dos foliões começou a urinar para dentro da residência. “Estava com minha família e quando menos esperei o cara ficou com o pênis para fora e urinou. Quando reclamei, ele (o folião) disse que era carnaval”, relatou.

Na rua do Cruzeiro, chama a atenção a quantidade de pessoas idosas. Quase toda residência há uma pessoa da terceira idade. Mas alguns deles, acostumados á folia, dizem que não se incomodam com o barulho e a aglomeração que se formam durante os quatro dias de carnaval. Francisca Antônia de Melo, 78, defende que a Prefeitura mantenha a tradição do carnaval na rua do Cruzeiro. “Não me incomoda. Até já brinquei muitos carnavais e sei que isso é passageiro”, justificou. A coordenadora geral do carnaval da Capitania das Artes, Ivonete Albano, disse que a proposta foi aceita de imediato.

Rossana Sudário encaminhou o Termo de Declarações dos moradores à Semurb, requisitando providências quanto à fiscalização de eventos com música ao vivo.

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