O Arco do Sol, monumento que se localizava sobre a avenida Roberto Freire, foi retirado do local ontem por representar perigo de cair devido ao comprometimento da estrutura metálica. O risco iminente foi apontado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea/RN) durante vistoria realizada na semana passada. A Prefeitura fará licitação para recuperar o monumento e entregá-lo novo à cidade, mas ainda não há data definida para essa entrega.
Durante a maior parte do dia de ontem, o trecho da avenida Roberto Freire próximo ao Praia Shopping esteve interditado. Equipes da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) começou durante a madrugada a desmontar o arco. A operação recebeu apoio da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE), que desviava o fluxo de carros para a rua Ponta Negra, marginal à avenida onde se retirava o monumento.
Por solicitação da Semsur, o CREA realizou uma vistoria técnica no dia 19 de fevereiro e o laudo apontou que a estrutura apresenta sinais graves de corrosão na principais peças de sustentação, podendo provocar ruptura e desabar. “Constatamos a situação de risco e recomendamos a recuperação à Prefeitura”, disse o presidente do CREA, Adalberto Pessoa.
Para ele, os ventos do local contribuíram para o desgaste visto nas peças. “O monumento ficava exposto à forte ventilação que atacava as peças. O fato de ter passado muito tempo sem nenhuma manutenção também contribuiu para a situação de desgaste”, afirmou.
A reportagem esteve no local na manhã de ontem e constatou a ferrugem espalhada por todo o arco. As peças estavam sendo cortadas em pedaços menores para facilitar o transporte.
Abandono
O presidente da Ecocil, Sílvio Bezerra, disse que esperava que a prefeitura realizasse a manutenção do monumento “Arco do Sol”, doado pela empresa como presente de aniversário pelos 400 anos de Natal e 50 anos da empresa. “Quando demos o presente, nós esperávamos que a Prefeitura tomasse conta dele”, contou.
Sílvio disse ainda, que o presente foi pensado e doado com muita dedicação e que a empresa se sentia triste com o abandono. “Ficamos tristes em ver o abandono de uma obra de arte doada com a intenção de embelezar a cidade”. Diante da remoção das chapas de aço e agora da estrutura de ferro, que foi concluída na tarde de ontem, o presidente da Ecocil falou que tem a expectativa que o monumento seja restaurado e volte a ser colocado no mesmo local que estava antes. “É dever da prefeitura cuidar dos monumentos da cidade”, afirmou.
Inaugurado em 23 de dezembro de 1999, o monumento foi projetado pelo arquiteto Felipe Bezerra e possui um vão livre de 20 metros sobre a Avenida Engenheiro Roberto Freire. Sua estrutura sustentada por cabos de aço é revestida com chapas de alumínio na cor prata e o pilar principal de sustentação é de aço pintado na cor dourada. Sua altura máxima é de 7,60m e a mínima é de 3,65m.