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Prefeitura retoma obras de macrodrenagem em agosto

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As obras do túnel de macrodrenagem ‘da Arena das Dunas’, construído entre as lagoas de captação do Centro Administrativo e o Rio Potengi, serão retomadas em agosto. O anúncio foi feito pelo prefeito Carlos Eduardo Alves, durante audiência pública sobre os problemas da região Oeste de Natal, ontem (22). Iniciada em 2013, a previsão era que a obra fosse concluída antes do início da Copa do Mundo de 2014. O serviço foi interrompido em novembro de 2014 em virtude de problemas técnicos observados ao longo da realização dos trabalhos.

Orçada em R$ 194 milhões e com 80% do cronograma executado, a estrutura possui 4,7 km de extensão (1,2 km ainda não concluído) e atravessa bairros das zonas Sul e Oeste, e inclui cinco lagoas de captação (três no Centro Administrativo; a lagoa de São Conrado, em Dix-Sept Rosado; e a lagoa de deságue final, no Rio Potengi), além de 36 poços de visita (dos quais, apenas cinco não foram construídos).

Orçada em R$ 194 milhões, obra foi interrompida em novembro de 2014 e está 80% executada.
Orçada em R$ 194 milhões, obra foi interrompida em novembro de 2014 e está 80% executada

A obra será viabilizada por meio de convênio entre o município e a Caixa Econômica Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), com reajustamento. Com a conclusão, a meta é resolver 23 pontos críticos de alagamentos, eliminando as enchentes dos bairros de Lagoa Nova, Nova Descoberta, Dix-Sept Rosado, Candelária, Bom Pastor, Cidade da Esperança e Nazaré. Além de urbanizar as lagoas do Centro Administrativo, Lagoa de São Conrado, Lagoa dos Potiguares, Lagoa do Preá, lagoas da Cidade da Esperança e reservatórios de primeiras chuvas.

A primeira etapa da construção do túnel foi iniciada em 2013 pela Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semov) e a Construtora Queiroz Galvão. Mas em 2014, com a obra em andamento, a promotoria do Meio Ambiente abriu um inquérito para apurar os transtornos ambientais e estruturais causados  no entorno dos túneis, e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) retirou a licença ambiental concedida ao deságue da obra.

No ano seguinte, novos estudos constataram que o processo de bombeamento utilizado para abertura do túnel, em sete poços de visita, provocaria problemas devido a presença de areia fina e água. Em alguns desses pontos chegou a ter desmoronamentos, ocasionados pelo rebaixamento do lençol freático. Para dar continuidade ao projeto seria necessários mais R$ 17 milhões para adequações ao projeto com a aplicação da tecnologia ‘jet grouting’ – uma injeção de concreto que daria fixação ao terreno e condições de escavação.

Somente em 2016, o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica, aprovou o novo orçamento, e os recursos devem ser liberados agora. A prefeituratambém fez acordo de parcelamento da dívida de  R$ 4,5 milhões, com a Construtora Queiroz Galvão e, cumprindo o acordo, a construtora se prontificou em volta a operar. O último entrave na obra é a renovação da licença ambiental do deságue final. Na próxima semana, a Semov  deve se reunir com o Ministério Publico do Rio Grande do Norte para esclarecer o problema e buscar uma solução para a restituição da licença ambiental.

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