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Prefeitura tentará buscar recursos para drenagem da capital

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O prefeito Álvaro Dias se reuniu nesta segunda (4) com diversas secretarias do Município para debater sobre as medidas que devem ser adotadas para tentar conter os efeitos das chuvas do final de semana, assim como de futuras precipitações em grande volume que possam atingir a cidade. O prefeito afirmou que avalia adaptações no plano de drenagem e que deve ir em busca de recursos junto à Defesa Civil  e ao Ministério do Desenvolvimento Regional. Prefeitura montou força-tarefa para acompanhar os estragos causados pela última chuva.
Reunião foi realizada na tarde de ontem. Construção de novas lagoas de captação é opção
De acordo com o prefeito, a ideia é buscar alternativas que causem alívio à cidade em época de fortes chuvas, uma vez que, segundo ele, não será fácil acabar com o problema das inundações em Natal. Álvaro Dias não deixou claro se já existe algum projeto no papel, mas afirmou que as medidas podem envolver a construção de novas lagoas de captação. Segundo ele, os custos de um projeto que altera o atual sistema de drenagem de Natal são altos e representam uma dificuldade para o Município.
“É urgente a necessidade de mudanças no serviço de drenagem. Vamos manter contato com o Ministério [do Desenvolvimento Regional] e Ministério da Integração Regional para buscar recursos a serem aplicados em obras que melhorem nosso sistema. Mas são obras caras, que demandam um volume de recursos muito elevado. Estamos planejando e vamos levar a efeito um projeto no sentido de diminuir os problemas causados”, explicou o prefeito.
Apesar de não dar detalhes, o prefeito disse que, para mitigar os danos das chuvas na capital, é necessária a construção de novas lagoas de captação. Algumas obras que devem aliviar os danos em situação de fortes precipitações, afirma, estão sendo retomadas. “É o caso da macrodrenagem  do túnel da Arena das Dunas e de outras situações que podem trazer alívio aos natalenses”, pontou Álvaro Dias.
“Recentemente, construímos lagoas de captação na zona Norte e também no Planalto [na zona Oeste da capita)]. Esta é uma de nossas ideias para a redução de danos”, complementou. Sobre as ações no curto prazo, o prefeito disse que as ações principais devem se concentrar no bairro de Felipe Camarão, também na zona Oeste, área da cidade que precisa de maior atenção no momento, segundo ele.
Por lá, os estragos ocorreram na Avenida Mirassol e, também, na BR-226, que recebeu as águas que desceram do bairro e provocaram erosão no solo. A via foi interditada nessa segunda-feira, pela Polícia Rodoviária Feral (PRF). “Fizemos avaliações e estamos estudando os locais mais críticos, dentre os quais, a Rua Mirassol em Felipe Camarão, onde já atuamos com os primeiros reparos para evitar que a situação se agrave”, disse.
As obras na avenida, por enquanto, são apenas ações para evitar que a erosão aumente. Os trabalhos de recuperação da via vão depender das condições de chuva nos próximos dias. A Prefeitura informou que, após o início das obras, os serviços no local devem levar de três a quatro semanas até a conclusão.
Outras áreas críticas listadas foram nas ruas Xavantes, em Satélite, a Av Lima e Silva ao lado da lagoa São Conrado; Rua Juvino Barreto; av Rafael Fernandes no cruzamento da Av. do Contorno; av . Rua Mário Negócio nas Quintas; Av. Felizardo Moura, Av das Alagoas com Ayrton Senna, rua Coronel José Bernardo, dentre outras. 
Prefeito visita locais
Antes da reunião com a secretarias nessa segunda-feira (4), o prefeito visitou algumas áreas atingidas pelas fortes chuvas, como a Avenida Mirassol, em Felipe Camarão e também o bairro das Quintas. “Estivemos nesses locais avaliando as situações, porque, de fato, existe risco iminente, levando em conta, principalmente, o fato de que as previsões meteorológicas mostram que podem ocorrer chuvas significativas na cidade ao longo da semana”, comentou.
“Decretamos o estado de calamidade, publicado na segunda, no Diário Oficial, e estamos encaminhando o pedido de recursos, expondo a situação à Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional. Pretendemos buscar de forma imediata os recursos para, desde já, começar a atuar para prevenir e sanar essa situação”, indicou Álvaro Dias em seguida.
O secretário de Infraestrutura de Natal, Carlson Gomes, esclareceu que tem solicitado contribuições aos governos estadual e federal para trazer uma solução aos problemas causados pelas chuvas. “Estamos na fase de projetos e parcerias, solicitando contribuições do Governo do Estado, em relação a técnicos e bombas. E ao Governo federal estamos seguindo a regra para que haja o reconhecimento [da calamidade] e para que venham os recursos”, detalha Gomes.
As ações ocorrem de forma integrada entre várias secretarias e órgãos municipais. A chefe de Operações da Defesa Social de Natal, Fernanda Jucá, reforçou que os atendimentos à população ocorrem desde a sexta-feira e que os trabalhos contam com o apoio  da PRF (no caso da BR-226), da Cosern, Semurb, Semtas, além da Seinfra, dentre outras. 
“Tivemos questões de bombas que queimaram, postes que ameaçavam cair e outras mais. A gente continua atendendo as ocorrências  recebidas por meio do Ciosp, em decorrência das chuvas”, disse Fernanda Jucá.
Além de Natal, o município de Parnamirim, na Região Metropolitana, também decretou calamidade pública por causa das chuvas. O Decreto Executivo de nº 6.820, conforme a Prefeitura, tem o objetivo de assegurar a adoção de medidas excepcionais, necessárias à redução dos impactos, quando Parnamirim registrou alagamentos em mais de 100 localidades. 
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