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Prefeitura vai cortar ponto de professores em greve

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ÂNIMOS - Pedro Jorge diz que soube da decisão pela imprensa

O secretário adjunto de Educação de Natal, Pedro Jorge Costa Ferreira, afirmou ontem que vai cortar o ponto dos professores municipais que aderirem à greve a partir de amanhã. Ele assegurou que o ano letivo vai começar nesta segunda-feira e, para o lugar dos faltosos, serão convocados os professores temporários aprovados no último concurso público feito pela Prefeitura do Natal.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) confirmou a paralisação a partir do primeiro dia letivo de 2006 para os 58 mil alunos da rede municipal de ensino de Natal. A categoria decidiu pela greve em assembléia na sexta-feira passada e reivindicam um reajuste salarial de 33%. A secretária de Educação Justina Iva encontra-se em Brasília.

Pedro Jorge Ferreira afirmou que a Secretaria Municipal de Educação não foi oficialmente informada da decisão – soube através dos jornais – e pretende avaliar a situação amanhã. “Creio apenas em adesão parcial porque recentemente avançamos muito em vários aspectos, inclusive em relação ao Plano de Cargos, Salários e Carreira. Além de um acumulado de 56% em reajustes concedidos nos últimos oito anos”, disse.

O presidente do Sinte-RN, Hudson Guimarães, afirma que a carta-resposta encaminhada pela secretária Justina Iva ao sindicato não trouxe nada de concreto para os 800 professores da rede municipal. Um professor formado e pós-graduado (doutorado) recebe da Prefeitura do Natal, segundo informações do sindicato, um salário de R$ 681,00.

Os membros do sindicato começam, amanhã, a percorrer as 72 escolas municipais para sensibilizar os professores. A categoria tem nova assembléia às 13h da próxima quarta-feira, na Escola Estadual Winston Churchill, e logo após seguem em manifestação com concentração em frente à Prefeitura de Natal. “Queremos uma audiência com o prefeito Carlos Eduardo. O caminho escolhido pelo secretário adjunto só acirra os ânimos”, alertou Hudson Guimarães.

Remuneração muito baixa, de acordo com Hudson Guimarães, que cita como exemplo o ganho de um professor da rede pública estadual sem pós-graduação. Ele afirma que, apenas com a graduação, os servidores estaduais recebem o mesmo de um doutor do Município.

“Vamos aproveitar o dinheiro que não será pago aos professores faltosos para pagar os temporários contratados. Eles estarão o quanto antes nas escolas do Município. Temos cerca de  mil profissionais aprovados no comncurso”, afirmou o secretário adjunto Pedro Jorge Costa Ferreira. A greve, segundo garantiu o Sinte-RN, será por tempo indeterminado.

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