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Prejuízo com cancelamento chegaria a R$ 10 bilhões

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Rio, 21 (AE) – O esforço da Fifa e do governo em garantir a Copa das Confederações tem motivo: um prejuízo bilionário. A suspensão do torneio e, eventualmente, da Copa do Mundo de 2014, deixaria um rombo de mais de R$ 10 bilhões, que seria bancado, em grande parte, pela União. A estimativa é de fontes da Fifa, com base nos valores da seguradora Munich Re, a maior do mundo, contratada para garantir o Mundial de 2010. Eventuais problemas no ano que vem poderiam até superar a marca da África do Sul.

Esse valor incluiria o rompimento de contratos, a suspensão de serviços e o cancelamento de acordos de televisão e de marketing, além de infraestrutura. A previsão é de que a Copa consumiria investimentos de US$ 3,2 bilhões por parte da Fifa. Pela Lei Geral da Copa, cabe à União bancar grande parte dos prejuízos da Fifa em caso de suspensão do evento. Mas o que mais assusta a entidade é que, se isso ocorrer, processos judiciais e disputas comerciais seriam lançadas. Hoje, a realização da Copa do Mundo e da Copa das Confederações garante a existência de mais de mil contratos comerciais e de fornecimento entre a Fifa, o país-sede e os organizadores locais Financeiramente, portanto, o evento já está amarrado ao País. Os contratos não seriam rompidos por problemas com estádios, por exemplo, mas em um momento de caos social, a situação é outra.

A possibilidade de rompimento, em condições normais, é considerada tão remota e os prejuízos, tão elevados, que a Fifa nem sequer tem um seguro que cobriria todo o evento. A estratégia adotada pela entidade desde 11 de setembro de 2001 foi o de criar um “colchão financeiro” que permita a ela sobreviver mesmo sem um Mundial, a sua principal fonte de receita.

Fontes na Fifa também dizem que patrocinadores estão preocupados com a repercussão negativa para suas marcas. Muitos prefeririam ver uma transferência da fase final da Copa das Confederações para outro país do que um desastre no Brasil.

Nos últimos dias, patrocinadores têm feito queixas à entidade por não dar garantias a seus convidados, um dos pontos centrais dos acordos. Operações de marketing foram canceladas e, segundo empresas, mesmo que o torneio chegue ao final, os prejuízos serão grandes. Oficialmente, porém, as empresas se recusam a comentar os problemas. A Coca-Cola, em nota, afirmou que “os eventos vão colaborar para o desenvolvimento econômico e social do país” e que “manifestações públicas e pacíficas fazem parte do processo democrático”.

Enquanto a Fifa faz suas contas, a ordem da cúpula da entidade é a de evitar as ruas e esconder qualquer sinal relacionado à organização.  No Rio, a bandeira da entidade foi retirada do hotel.

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