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Presidente nacional do PSB divulga nota sobre convenção

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ELEIÇÕES - Eduardo Campos destaca que não estimula as disputas internas do Partido Socialista

O presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, encaminhou ontem nota oficial na qual reconhece a autoridade do diretório municipal quanto ao processo polêmico que o partido vive. Mas afirmou que “possível questionamento à posição do Diretório Municipal deve ser analisado pelo Diretório Estadual”. O presidente afirma ainda que “somente em último caso a Direção Nacional do partido poderia se posicionar nesse contexto, e caso fosse provocada, antecipa-se, manifestar-se-ia de acordo exclusivamente com o regimento do partido.

 Independente das declarações de Eduardo Campos, contanto, a pendenga judicial continua. Ontem pela manhã, tanto o grupo que apóia Rogério Marinho quanto o que apóia Wilma de Faria avaliavam entrar no Tribunal de Justiça para obter uma decisão que acabe com a confusão judicial que ficou instaurada desde ontem. A instabilidade chegou a tal ponto que até o fechamento desta edição, o grupo de Rogério Marinho mantinha sua convenção para o ginásio de Soledade II, na Zona Norte e o grupo de Wilma de Faria afirmava que a convenção do partido seria realizada na sede do PSB, Zona Sul.

A nota de Eduardo Campos esclarece ainda que em nenhum momento estimulou disputas internas no PSB de Natal, “nem muito menos tomou qualquer tipo de posição sem ser provocado”. “Qualquer declaração dada por membros da Executiva  Nacional deve ser atribuída ao declarante que falou por si e não pela Executiva ou pelo Diretório nacional”, afirmou ele (na nota). O presidente do partido aproveitou a nota também para confirmar que haverá observadores externos. “Preocupados com a possível repetição dos tumultos que ocorreram recentemente no Diretório Municipal de Natal, enviaremos uma comissão formada por três membros do nosso partido para acompanhar o processo”.

O governador de Pernambuco também usou a nota para mandar um recado a todos aqueles que pretendem estimular qualquer ato de violência durante a convenção. “Comunicamos que todo aquele que estimular tumultos ou atos de violência ou vandalismo no Congresso do partido haverá de ser processado pelo Conselho de Ética do PSB”.

Ele finalizou a nota com a seguinte mensagem: “Solidariza-mo-nos com as lideranças maiores do nosso partido em nome da governadora Wilma de Faria, presidente estadual do PSB, que sempre soube se comportar com honradez na sua vida pública e com grandeza democrática dentro do nosso partido, mesmo nos momentos mais difíceis. Juridicamente, a indefinição permanece. Até o fechamento desta edição, as informações eram de que nenhum dos grupos abriu mão de suas liminares e pretendia realizar convenções diferentes: uma na Zona Norte, promovida por Rogério Marinho; outra na Zona Sul, promovida pelo PSB estadual.

Tumulto marcou encontro do diretório municipal

A violência da última reunião do PSB, dia 27 de maio passado,  é um fantasma que assombra a convenção que será realizada amanhã. Naquela reunião, o partido reuniu-se em âmbito municipal para aprovar o indicativo que na convenção iria votar a proposta de aliança com o PT e o PMDB. Essa proposta era defendida pelo grupo que apóia a governadora Wilma de Faria. O grupo contrário a essa proposta, que apóia a candidatura dissidente do deputado federal Rogério marinho, participou da reunião e tentou derrubar a aprovação do indicativo.;

Após horas de discussão nas quais por diversas vezes o clima ficou muito tenso, o grupo “wilmista” conseguiu aprovar a indicação para votar na convenção o apoio à candidatura da deputada Fátima Bezerra (PT). O deputado Rogério Marinho e seu grupo contestou muito a decisão, alegando que houve agressão ao estatuto do partido.

Ao final da reunião de maio, apesar dos protestos de militantes ligado ao deputado Rogério Marino, tudo parecia que ia se acalmar. Foi quando o improvável aconteceu.

No salão principal da sede do partido, minutos após o fim da reunião, começou uma briga entre  militantes do PSB que apóiam Rogério Marinho e seguranças contratados pelo PSB para proteger o prefeito Carlos Eduardo   e outras lideranças do partido. A situação ficou pior quando no meio do tumulto um dos seguranças aspergiu gás de pimenta como forma de dispersar o conflito.

O gás se espalhou, atingiu  jornalistas que acompanhavam a reunião e chegou mesmo a provocar o desfalecimento de  alguns militantes. A troca de acusações sobre quem teria borrifado o gás foi mútua. Hoje, um dia antes da convenção, o maior temor é que um episódio como aquele se repita. Hoje, apesar de todos alegarem que querem a convenção em paz, o clima parece muito mais acirrado. A briga, que antes era somente partidária, e amanhã deve ter novos momentos muito tensos.

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